Hipertensão arterial: causas, sintomas e tratamento

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Habitualmente conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial é uma doença silenciosa que atinge cerca de uma em cada 5 pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). É considerada por muitos como uma doença “democrática”, em virtude de afetar pessoas de qualquer idade.

Além de ser considerada uma doença crónica, a hipertensão arterial é também um fator de risco para ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC), impotência sexual e doença renal crónica.

A boa notícia reside no facto de que a hipertensão pode ser evitada e controlada, não só através de mudanças nos hábitos de vida, nomeadamente os alimentares, como também através de terapias medicamentosas.

Neste artigo abordamos a hipertensão arterial, procurando dar resposta a algumas das perguntas mais frequentes, nomeadamente quais as suas causas e quais as melhores formas de evitar aquela que é considerada um “mal do século XXI”. Boa leitura!

O que é hipertensão arterial?

A hipertensão arterial caracteriza-se por uma pressão sanguínea excessiva na parede das artérias. É medida através de um índice que representa a força (pressão) que o sangue faz contra os vasos sanguíneos do corpo quando é bombeado pelo coração.

A hipertensão arterial pode ser diagnosticada quando os níveis de pressão arterial estão acima ou iguais a 140 x 90 mmHg sem que o indivíduo esteja sob influência de um grande esforço físico, stress ou atividade física, por exemplo.

O ideal é que a pressão arterial esteja próxima do índice 120 x 80 mmHg. Caso o indivíduo apresente um índice igual ou acima de 140 x por 90 mmHg, já pode ser considerado um paciente hipertenso. Atingida ou ultrapassada essa barreira, o risco de doenças cardiovasculares aumenta significativamente.

O maior problema da hipertensão arterial reside no facto de ser uma doença silenciosa, fazendo com que o paciente conviva com a doença sem saber da sua existência, não procurando tratamento médico adequado.

Como medir a pressão arterial?

É importante verificar a pressão arterial periodicamente a fim de garantir o bom funcionamento de todo o sistema cardiovascular. Nas pessoas que sofrem de hipertensão, o ideal é medir, pelo menos, uma vez por semana.

Para medir a pressão arterial é necessário um aparelho designado de esfigmomanómetro, mas habitualmente conhecido como medidor de tensão arterial. Hoje em dia é possível encontrar em qualquer farmácia ou parafarmácia versões digitais deste aparelho, consideravelmente mais fáceis de utilizar.

Algumas técnicas manuais são frequentemente utilizadas para fazer a medição da pressão, como a medição com relógio de pulso ou contagem dos batimentos, porém, estes métodos só ajudam a medir a frequência cardíaca, isto é, o número de batimentos por minuto. Por isso, para garantir um resultado preciso é recomendado fazer a medição da pressão arterial apenas com aparelhos, como o esfigmomanómetro.

A nossa pressão sanguínea não apresenta valores fixos, podendo variar de acordo com o nosso estado e o tipo de tarefas que estamos a realizar. Estando mais agitados (depois de fazer desporto, por exemplo), é normal que o valor da pressão arterial esteja mais elevado.

Durante a medição, é importante seguir algumas recomendações, como evitar falar e evitar cruzar as pernas no momento da medição de forma a não “prender” a circulação sanguínea. Além disso não deve ingerir café, bebidas alcoólicas ou fumar, pelo menos, 30 minutos antes da medição da tensão arterial.

A pressão deve ser medida preferencialmente pela manhã e antes de tomar qualquer medicamento ou quando estiver relaxado – se tiver acabado de fazer exercício físico é recomendável que descanse antes de medir.

Quais os sintomas da hipertensão arterial?

A hipertensão arterial é uma doença grave. Diante disso, é fundamental acompanhar e regular a pressão arterial periodicamente. Isso será muito útil para prevenir ou controlar a hipertensão e proporcionar uma melhor qualidade de vida. Muitas vezes, o indivíduo só passa a identificar esta condição após o aparecimento de algum sintoma ou quando a patologia já está numa fase bastante avançada.

Entres os sintomas mais comuns da hipertensão arterial, destacamos:

Como prevenir a hipertensão arterial?

O primeiro passo para prevenir a hipertensão arterial é acompanhar regularmente os índices da pressão sanguínea, sobretudo se possuir um histórico familiar desta doença – uma grande parte dos casos de hipertensão parecem ter um forte componente hereditário.

Apesar da forte relação desta patologia com a genética, a hipertensão arterial pode ser evitada com a mudança de alguns hábitos de vida, nomeadamente:

  • Evitar o consumo de sal em excesso;
  • Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e o tabagismo;
  • Manter o seu peso corporal controlado, dentro dos valores tidos como “normais”;
  • Evitar o uso de contracetivos orais;
  • Evitar o sedentarismo, através da pratica de exercício físico sem exagerados;
  • Evitar níveis altos de stress através de atividades como a meditação, por exemplo;
  • Manter uma alimentação saudável, sem alimentos gordurosos, fritos e doces.
  • Hidratar-se regularmente e, se possível, ingerir dois litros de água por dia.

Como tratar a hipertensão?

Apesar da hipertensão arterial não ter cura, esta condição pode ser tratada e controlada.

Regra geral, no caso de hipertensão arterial leve, em primeiro lugar a abordagem passa por tratamentos não medicamentosos, nomeadamente alterações nos hábitos de vida, designadamente os alimentares. Além disso, é recomendável a prática de atividade física, a moderação do consumo de sal e de álcool e a regulação dos níveis de stress. Como já referido, nos pacientes com excesso de peso, a sua perda pode também ajudar a reduzir os níveis de pressão arterial.

Caso o paciente perceba que a sua pressão ainda continua elevada, será necessário fazer uso de terapia medicamentosa. Todos os medicamentos prescritos durante o tratamento são vasodilatadores, ou seja, deixam os vasos mais relaxados durante o bombeamento do sangue.

Existem três classes de anti-hipertensivos que parecem apresentar uma boa resposta ao tratamento clínico: os diuréticos, os IECA (inibidores da enzima conversora da angiotensina) e os inibidores dos canais de cálcio.

Por fim, não nos cansamos de dizer que o acompanhamento médico é essencial. Após a realização de exames de sangue, eletrocardiograma e tomografia cardíaca computadorizada, o médico cardiologista poderá diagnosticar a doença e prescrever os medicamentos adequados para cada caso clínico.

Esperamos que as dicas e informações que partilhamos neste artigo tenham sido úteis. Ao aperceber-se de qualquer um dos sintomas descritos neste artigo, não deixe de consultar o seu médico. Cuide-se!

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