A homeopatia é um tipo de medicina alternativa capaz de trazer inúmeros benefícios para o corpo humano e, no geral, para a qualidade de vida das pessoas. Se estiver apenas agora a descobrir esta terapia, não se engane, pois este não é um método medicinal inovador ou recente.
Na verdade, a homeopatia foi criada há cerca de 200 anos, mas só recentemente passou a receber a atenção de investigadores do Ocidente e de adeptos que pretendem testar a sua eficácia.
Neste artigo, explicamos no que consiste a homeopatia, quais os seus benefícios, efeitos colaterais, entre outras questões.
O que é a homeopatia?
A homeopatia é uma terapia não convencional desenvolvida pelo médico Samuel Hahnemann há mais de 200 anos. Esta é uma medicina alternativa, que consiste na administração de medicamentos diluídos como forma de permitir ao corpo curar-se a si próprio. No decorrer da sua investigação, Hahnemann concluiu que determinadas substâncias não podiam ser usadas em grandes doses, e como tal, precisaria de as diluir.
Assim, a homeopatia olha para os sintomas como um sinal de desequilíbrio no organismo do ser humano. Como tal, de forma a evitar o desenvolvimento de certas doenças, a homeopatia pretende estimular as defesas do organismo, e consequentemente, voltar a encontrar o equilíbrio desejado.
Referir ainda que todas as pessoas, independentemente da idade, podem recorrer à homeopatia sem qualquer problema. Normalmente, as crianças ingerem os glóbulos e os mais idosos, que apresentam dificuldade em ingerir medicamentos, podem optar pelas gotas.
A homeopatia apresenta efeitos colaterais?
Depende. Regra geral, a homeopatia é considerada uma terpia extremamente segura por utilizar doses ultra diluídas, o que reduz significativamente o risco de surgimento de efeitos colaterais.
No entanto, a ingestão de doses erradas pode provocar consequências negativas. Por esta razão, antes de qualquer terapêutica (homeopatia) deve-se sempre consultar um médico para este aconselhar a dosagem indicada tendo em conta o sexo, peso, idade, e estado de saúde do paciente.
O que são medicamentos homeopáticos?
Os medicamentos homeopáticos são criados através de substâncias naturais de origem vegetal, animal e mineral/química. Estas substâncias são manipuladas e diluídas de modo a fornecerem pequenas doses de um princípio ativo, que quando ingeridas corretamente, restabelecem o equilíbrio do corpo humano.
É através do processo de diluição que as substâncias perdem a sua toxicidade, mas mantêm o seu efeito terapêutico. Portanto, não precisa de se preocupar com a segurança destes medicamentos, já que são todos criados de forma orgânica e natural, estando livres de compostos químicos ou tóxicos prejudiciais à saúde.
Como tomar os medicamentos homeopáticos?
Estes medicamentos apresentam-se de várias formas, entre as quais, glóbulos e grânulos, mas também existem formas farmacêuticas disponíveis no mercado como gotas, xaropes, supositórios ou pomadas. Mas como é que se toma corretamente estes medicamentos?
Bem, os glóbulos e grânulos devem ser passados suavemente do frasco para a tampa, e desta diretamente para a boca do indivíduo, onde são dissolvidos. Quanto às gotas, estas devem ser tomadas na sua forma mais pura, sem qualquer acompanhamento, com a exceção da água.
É importante ter ainda em conta que a ingestão de alimentos com cheiro ou paladar potentes não é recomendada entre 15 a 30 minutos antes e depois de tomar o medicamento. O mesmo se aplica ao tabaco e ao café.
No que toca às doses e intervalo de tempo entre as mesmas, tudo depende da idade, sexo e peso da pessoa em questão. Portanto, é sempre necessário aconselhar-se junto de um médico para se certificar de que ingere a dosagem correta.
Rótulos dos medicamentos homeopáticos
Já alguma vez encontrou as letras CH, D, X, LM ou L no rótulo de algum medicamento? É provável que sim, e é mais provável ainda que não saiba o significado das mesmas. Mas se não está familiarizado com a homeopatia, nós explicamos:
Primeiro, vamos começar pelo significado propriamente dito destas letras:
- CH – Diluição Centesimal Hahnemanniana (a mais comum);
- D ou X – Diluição Decimal Hahnemanniana;
- LM ou L – Diluição Cinquenta Milesimal;
Cada letra designa uma escala de diluição do medicamento. Por exemplo, um medicamento cujo rótulo indica “15CH”, é um medicamento homeopático que sofreu 15 diluições sucessivas, de acordo com a escala de diluição centesimal de Hahnemann.
De seguida, explicamos um pouco melhor o nível das diluições dos medicamos usados na homeopatia:
Nível de diluição | Descrição |
---|---|
5 CH (diluições baixas) | Usadas para situações agudas como uma picada de mosquito. |
7CH ou 9CH (diluições intermédias) | Usadas em situações como dores musculares. |
15 CH ou 30 CH (diluições mais altas) | Usadas em situações como stress e ansiedade. |
Para que serve a homeopatia?
Os medicamentos homeopáticos são utilizados para tratar vários problemas, tanto a nível físico como psicológico, entre os quais:
- Dores de cabeça;
- Gripe;
- Constipação;
- Doenças crónicas;
- Alergia sazonal;
- Problemas respiratórios;
- Otites;
- Depressão.
Apesar dos medicamentos homeopáticos não contribuírem para a cura do cancro, estes podem ser usados para reduzir sintomas associados à quimioterapia e radioterapia.
Além disso, sabia que a homeopatia é uma das terapias não convencionais mais utilizadas em crianças? É verdade, esta técnica é principalmente usada nos mais pequenos para tratar problemas dermatológicos, problemas da garganta e ouvidos (otites) e problemas respiratórios.
É ainda importante saber que os tratamentos de homeopatia podem ser usados como complementos aos tratamentos convencionais, mas em alguns casos, podem mesmo substituí-los. No entanto, aconselhe-se sempre junto de um médico antes de ingerir estes medicamentos.
O que diz a lei quanto a estes medicamentos?
Em Portugal, de acordo com o Decreto-Lei n.º 176/2006, os medicamentos homeopáticos são considerados medicamentos não sujeitos a receita médica, exceto nos seguintes casos em que:
- Possam ser um risco para a saúde do doente, direta ou indiretamente, até mesmo quando são usados para o fim a que se destinam, se forem utilizados sem vigilância médica;
- Possam ser um risco, direto ou indireto, para a saúde, quando são utilizados com frequência em quantidades consideráveis para fins diferentes daquele a que se destinam;
- Contenham substâncias, ou preparações à base dessas substâncias, cuja atividade ou reação adversas seja indispensável aprofundar;
- Se destinem a ser administrados por via parentérica.
Se após ler este artigo ficou interessado em fazer uso da homeopatia, procure um médico especializado que consiga orientá-lo da melhor forma possível. Regra geral, a homeopatia é eficaz e segura, desde que siga as recomendações de um profissional.
Esperamos que o tenhamos ajudado a aprender algo de novo com a informação aqui disponibilizada!