Melhores filmes de sempre: clássicos que não pode perder

melhores filmes de sempre

Existem diversos filmes que já fazem parte da história do cinema e por isso tornaram-se referências incontestáveis quando o assunto é a sétima arte. Comédia ou tragédia, ação ou reflexão, fantasia ou realismo, existem filmes para todos os gostos!

Neste artigo, fizemos uma seleção dos 10 melhores filmes de sempre, de acordo com a revista norte-americana The Hollywood Reporter. Para escolher as produções, o respeitado meio de comunicação contou com o apoio de uma equipa formada por 2.120 realizadores, proprietários de estúdios, vencedores de Óscares, produtores, agentes, guionista e outros insiders da indústria, ou seja, profissionais responsáveis por fazer Hollywood acontecer.

Lista dos melhores filmes de sempre

Confira em seguida a lista definitiva dos melhores filmes de sempre, mas não deixe de prestigiar as suas sinopses favoritas. Prepare as pipocas e tenha uma ótima diversão!

The Godfather (1972)

Filme norte-americano de 1972, The Godfather encabeça esta lista dos melhores filmes de sempre. Dirigido por Francis Ford Coppola, foi baseado no livro homónimo escrito por Mario Puzo. O elenco é um espetáculo à parte: Marlon Brando, Al Pacino, James Caan, Richard Castellano, Robert Duvall, Sterling Hayden, John Marley, Richard Conte e Diane Keaton atuam neste longa metragem considerado uma das mais importantes da história do cinema.

A produção conta a primeira parte da saga de uma organização mafiosa liderada por Don Vito Corleone (Marlon Brando), homem respeitado por todos em Nova Iorque. Todavia, sofre um atentado, o que faz com que o seu filho Michael (Al Pacino) tome as rédeas da família Corleone. The Godfather retrata a máfia italiana com incrível verossimilhança, contando ainda com uma direção primorosa, aspetos que fizeram deste um filme grandioso e merecedor de duas sequências: The Godfather: Part II, em 1974; e The Godfather: Part III em 1990.

Também é considerado “culturalmente, historicamente e esteticamente significante” e selecionado pela Biblioteca do Congresso para ser preservado no National Film Registry.

The Wizard of Oz (1939)

The Wizard of Oz é o tipo de produção que se mantém viva no imaginário de públicos de diferentes grupos etários, por isso não poderia faltar nesta lista de melhores filmes de sempre.

Com direção de Victor Fleming, conta com elenco encabeçado pela então jovem atriz Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger, Bert Lahr, Jack Haley, Billie Burk, Margaret Hamilton e Charley Grapewin, atores que protagonizam este filme que conta a história de uma menina órfã chamada Dorothy Gale, que após ser carregada por um ciclone, juntamente com o seu cão, viaja para a Terra de Oz e a partir de então tenta encontrar o caminho de volta para a sua casa.

Para isso, precisará da ajuda do Poderoso Mágico de Oz, que mora na Cidade das Esmeraldas; todavia, acaba por encontrar vários obstáculos durante a sua busca, mas também alguns amigos, entre eles o Espantalho (Ray Bolger) que quer ter um cérebro, um Homem de Lata (Jack Haley) que anseia por um coração e um Leão covarde (Bert Lahr) que precisa de coragem.

The Wizard of Oz é considerado um dos melhores musicais de todos os tempos; além disso, foi um dos primeiros filmes a garantir a sua preservação no National Film Registry por ser “cultural, histórica ou esteticamente significativo”.

Citizen Kane (1941)

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Considerado uma das obras-primas da história do cinema, Citizen Kane é apontado por muitos críticos como o maior filme já produzido. Lançado em 1941, foi bastante elogiado pela sua inovação na fotografia, música e estrutura narrativa, aspetos que renderam à produção lugar cativo nas listas de melhores filmes de sempre.

Realizado, escrito, produzido e protagonizado por Orson Welles, um dos artistas mais versáteis do século XX, Citizen Kane narra a história da ascensão de Charles Foster Kane (versão fictícia da figura do magnata William Randolph Hearst), um mito da imprensa americana, que de um rapaz pobre do interior transforma-se num magnata de um império do jornalismo e da publicidade.

Narrado principalmente através de flashbacks, a história é contada por meio da investigação de um jornalista que se dedica a encontrar o significado da última palavra que o magnata disse antes de morrer: “Rosebud”. Quando o filme termina, o público descobre o real significado de Rosebud: tratava-se do trenó da infância de Kane – uma alusão à única fase da sua vida em que realmente foi feliz.

Citizen Kane, verdadeira aula de técnica cinematográfica, estrutura e narrativa, promove uma reflexão sobre o fracasso, o arrependimento e a crueldade da passagem do tempo. Certamente um filme que merece ser visto e revisto!

The Shawshank Redemption (1994)

Drama norte-americano lançado em 1994, The Shawshank Redemption é baseado na novela Rita Hayworth and Shawshank Redemption, de Stephen King. Escrito e realizado por Frank Darabont, é protagonizado por Tim Robbins e Morgan Freeman, com Bob Gunton, William Sadler, Clancy Brown, Gil Bellows e James Whitmore em papéis coadjuvantes. A produção, considerada um dos melhores filmes de sempre, foi selecionada em 2015 pela Biblioteca do Congresso para preservação no Registro Nacional de Filmes, tamanha a sua relevância para o cinema.

The Shawshank Redemption narra a história de um jovem e bem sucedido banqueiro, Andy Dufresne (Tim Robbins), que tem a sua vida radicalmente transformada ao ser injustamente condenado pelos homicídios da sua esposa e do seu amante. Mandado para a Penitenciária Estadual de Shawshank, no Maine, começa a cumprir a sua pena perpétua e conhece figuras como Warden Norton (Bob Gunton), um corrupto e cruel agente penitenciário e Capitão Byron Hadley (Clancy Brown), que trata os detentos como animais.

Apesar do clima inóspito, Andy faz amizade com Ellis Boyd Redding (Morgan Freeman), um prisioneiro que cumpre pena há 20 anos e controla o mercado negro da instituição. É nesta atmosfera sombria que a produção consegue desenrolar um enredo comovente, que incita a esperança ao fazer uma verdadeira ode à liberdade.

Pulp Fiction (1994)

Mais uma brilhante produção que faz jus ao espaço que ocupa nesta lista dos melhores filmes de sempre. Pulp Fiction, filme norte-americano do género drama policial, foi escrito e realizado pelo aclamado realizador Quentin Tarantino, famoso pelos seus guiões não lineares, uso de violência gráfica, diálogos ricos e diversos, com uma mistura irônica de humor e violência.

A produção narra quatro histórias diferentes, embora entrelaçadas, sobre dois assassinos profissionais, Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson); o gângster que os chefia, Marsellus Wallace (Ving Rhames), e a sua esposa Mia Wallace (Uma Thurman); Butch Coolidge (Bruce Willis), um pugilista pago para perder uma luta e um casal que assalta um restaurante em Los Angeles, “Pumpkin” (Tim Roth) e “Honey Bunny” (Amanda Plummer).

Os inúmeros detalhes que enriquecem a trama, atuações fantásticas de todo o elenco, um realizador inspirado, humor negro afiadíssimo, banda sonora primorosa e um roteiro apresentado fora da ordem cronológica são os elementos que fazem de Pulp Fiction uma obra genial! Mas, fique atento, pois é violento, confuso e vai exigir a sua atenção do início ao fim.

Casablanca (1942)

“Nós teremos sempre Paris” ou “O mundo está a desmoronar e nós apaixonamo-nos”. Estas são frases célebres que podem ser ouvidas naquela que é considerada a história de amor mais famosa do cinema. Estamos a falar de Casablanca, um filme norte-americano de 1942, do género drama romântico, realizado por Michael Curtiz e protagonizado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman.

Baseado na peça teatral Everybody Comes to Rick’s, de Murray Burnett e Joan Alison, a produção, ambientada durante a Segunda Guerra Mundial, narra a história do exilado americano Rick Blaine (Humphrey Bogart), que encontrou refúgio em Casablanca, cidade marroquina que fazia parte da rota dos fugitivos do regime nazista. Lá, Rick dirige uma das principais casas noturnas da região, enquanto clandestinamente ajuda outros refugiados que tentam fugir para os Estados Unidos da América.

Quando um casal pede a sua ajuda para deixar o país, acaba por reencontrar a sua ex-amante, com a qual manteve um relacionamento em Paris, a bela Ilsa Lund, vivida por Ingrid Bergman. Todavia, entre o amor proibido e a virtude, Rick heroicamente escolhe ajudar na fuga do casal e ficar sozinho. Óscar de melhor filme de 1943, este grande caso de amor mal resolvido imortalizou aquele que talvez seja o maior par romântico da história do cinema. Por este e por tantos outros motivos, Casablanca é considerado um dos melhores filmes de sempre.

The Godfather Part II (1974)

Sequência de The Godfather, que também faz parte desta lista de melhores filmes de sempre, The Godfather Part II conseguiu manter o sucesso do primeiro filme da franquia, tornando-se a primeira sequência a ganhar na categoria de Melhor Filme nos Óscares.

Lançado em 1974, a produção conta a história do jovem Vito (Robert De Niro), que foge da sua cidade natal na Sicília e vai para a América depois que a sua família é assassinada pela máfia local. Nos Estados Unidos, Vito luta para ganhar a vida, seja de forma legal ou ilegal, e assim manter a sua esposa e filhos. Acaba por assassinar Black Hand Fanucci, homem que exigia dos comerciantes uma parte dos seus ganhos, e é assim que vê o seu poder expandir-se pela região.

Paralelamente, temos a continuidade da história de Michael Corleone, que assumiu o controlo da família Corleone e trabalha para instalar empreendimentos ligados ao lazer em Las Vegas e Havana. Apesar do sucesso nos negócios, vive em constante paranoia depois de descobrir que os seus aliados planeiam matá-lo, empenhando, assim, grandes esforços para lidar com os seus inimigos.

The Godfather Part II foi considerado “culturalmente, historicamente ou esteticamente significante” e selecionado pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos para ser preservado no National Film Registry. Definitivamente, é o melhor trabalho do realizador Francis Ford Coppola, e com toda a certeza, um dos melhores filmes da história do cinema.

E.T. the Extra-Terrestrial (1982)

Mais um clássico nesta lista de melhores filmes de sempre, E.T. the Extra-Terrestrial, é um filme norte-americano de ficção científica, produzido e realizado por Steven Spielberg. Lançado em junho de 1982, ET imediatamente tornou-se um blockbuster, superando até mesmo o épico Star Wars. Durante onze anos manteve a marca da maior bilheteria de todos os tempos, até ser superado por Jurassic Park – também realizado por Spielberg – em 1993.

A produção conta a história de um alienígena que, depois de uma visita da sua nave especial à Terra, acaba esquecido pela família. Então, decide procurar abrigo na casa de Elliot (Henry Thomas), um menino infeliz desde que os seus pais se separaram. Elliot passa a ser o guardião de E.T. e acaba por convencer os seus irmãos a ajudá-lo na missão de reenviar o amigo de volta ao seu mundo no espaço.

Considerado um dos melhores filmes da sua geração, E.T. the Extra-Terrestrial é uma verdadeira ode à amizade, cuja história segue intemporal. Em 1994 foi selecionado para preservação no National Film Registry, sendo considerado “culturalmente, historicamente ou esteticamente significativo”. Foi relançado em 1985 e novamente em 2002 para comemorar o seu vigésimo aniversário com fotografia alterada e cenas adicionais.

2001: A Space Odyssey (1968)

Presença obrigatória em qualquer lista de melhores filmes de sempre que se preze, 2001: A Space Odyssey é um filme de ficção científica produzido e realizado por Stanley Kubrick. A lendária produção aborda elementos temáticos da evolução humana, como o existencialismo, a tecnologia, inteligência artificial e a vida extraterrestre, assuntos que fizeram dele um clássico atemporal.

Nesta atmosfera high tech, a produção narra a história do Dr. Dave Bowman (Keir Dullea) e um grupo de astronautas enviados para uma misteriosa missão; contudo, os chips dos seus computadores passam a mostrar um estranho comportamento, o que leva a um confronto entre o homem e a máquina. O resultado deste conflito é uma viagem alucinante no tempo e no espaço.

Memorável por vários aspetos, entre eles a sua banda sonora, 2001: A Space Odyssey foi nomeado para quatro Óscares nas categorias de Melhor Realizador, Melhor Guião Original (o filme foi nomeado na categoria de guião original, apesar de ser adaptado do conto de Arthur C. Clarke), Melhor Realização de Arte e Melhores Efeitos Visuais, ganhando nesta última.

Embora à época do seu lançamento não tenha sido um sucesso de crítica e público, atualmente é considerado um dos melhores e mais influentes filmes já realizados. Em 1991, foi considerado “culturalmente, historicamente ou esteticamente significante” pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos para ser preservado no National Film Registry.

Schindler’s List (1993)

Finalizando esta seleção dos melhores filmes de sempre, temos este drama histórico norte-americano realizado e produzido por Steven Spielberg. Schindler’s List é baseado no romance Schindler’s Ark, do romancista australiano Thomas Keneally. Protagonizado por Liam Neeson, Ben Kingsley e Ralph Fiennes, conta a inusitada história de Oskar Schindler (Liam Neeson), um homem sedutor, oportunista e comerciante no mercado negro que se relacionava bem com o regime nazista, sendo, inclusive, membro do Partido Nazista.

Graças à sua forte influência dentro da instituição, consegue abrir uma fábrica. Aos poucos, no entanto, percebe que o seu empreendimento virou também um abrigo, um ponto de refúgio de perseguidos tentando escapar dos campos de concentração e das câmaras de gás. Apesar dos seus notáveis defeitos, Oskar Schindler era um grande admirador do ser humano, facto que o fez abdicar da sua fortuna para conseguir salvar mais de mil judeus dos campos de concentração.

Schindler’s List foi nomeado para doze Óscares, vencendo sete, incluindo Melhor Filme e Melhor Realizador (Spielberg), como também muitos outros prémios (incluindo 3 Globos de Ouro e 7 BAFTAs). Em 2007, o American Film Institute elegeu Schindler’s List como o oitavo melhor filme americano da história. O filme foi designado como “cultural, histórico ou esteticamente significativo” pela Biblioteca do Congresso em 2004 e selecionado para preservação no National Film Registry.

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Luana Castro Alves

Licenciada em Letras e Pedagogia, redatora e revisora, entusiasta do universo da literatura, sempre à procura das palavras. "Não se pode escrever nada com indiferença." (Simone de Beauvoir)