Fazer Erasmus é uma experiência importante na vida de um jovem, não só a nível académico mas também a nível pessoal. Se estás a ponderar fazer um periodo Erasmus (que boooom!) existem certas questões que deves ter em conta. Uma delas prende-se com os custos de tal experiência, mas nós vamos ajudar.
1. “Há mar e mar, há ir e voltar”
Pode até nem haver mar, mas o ir e voltar, certamente. Tens de ter em conta essas duas viagens. Se o teu Erasmus for num país próximo como Espanha ou França, poderás avaliar sobre uma viagem de autocarro ou comboio. Claro que “é uma seca” mas poderás economizar bastante. Se não tiveres outra opção que não mesmo fazer a viagem de avião, fica atento às chamadas companhias low cost que já garantem ligação para inúmeras cidades europeias. E tenta a tua sorte com antecedência porque, por norma, encontras mais facilmente um bom negócio.
2. Transfer do aeroporto para a cidade
Por norma os aeroportos são longe do centro da cidade. Informa-te sobre o meio de transporte que vai garantir a viagem entre o aeroporto (ou o terminal ou a estação) e o sítio onde vais viver. Algumas cidades têm autocarros próprios que fazem esse tipo de ligação. Não há nada como procurar, não é assim?
3. Sítio para viver, procura-se
Porventura o maior custo de fazer Erasmus é com a renda. Encontrar alojamento é necessário, no entanto, alguns países são muito dispendiosos nesse aspeto. Procura cidades com preços mais baixos ou, caso tenha de ser determinada cidade ou país, tenta fugir da região centro. Podes também optar por viver numa residência, o custo pode ser mais aprazível, estão devidamente equipadas, são, normalmente, mais perto das faculdades e são sinónimo de diversão sem dúvida nenhuma
Acontece que algumas universidades não dispõem de residência para alunos Erasmus. Nesse caso, só tens mesmo a opção de ir para um apartamento. Se navegares pelo Facebook encontrarás grupos de antigos alunos Erasmus de diferentes cidades que te podem ajudar, aconselham sobre as melhores zonas para viver, revelam-te os preços e quem sabe, até poderás encontrar o teu futuro colega de casa numa dessas páginas.
4. Despesas mensais
Para além da renda da casa, conta com as despesas fixas como a água, a luz, o gás e a internet e que todos os meses te são cobradas. Também estas despesas podem ter custos muito díspares dos que vemos aqui em Portugal, portanto tenta obter informação antes de tomares uma decisão. Por vezes, acontece de no valor da renda estarem incluídas essas despesas e isso pode ser vantajoso porque é um valor fixo, não oscila e saberás com o que contar. Se o negócio não incluir despesas, podes tentar negociar.
5. Alimentação
Para economizar, o melhor é sempre fazer as refeições em casa. Elaboras a tua lista de compras, vais a um supermercado (levas o saquinho) e fazes as tuas compras. Podes cozinhar as iguarias do país onde vives, só tens de as aprender e hoje em dia não há nada que o Google não ensine. Se a tua casa fica distante da faculdade, opta pelo refeitório ou bar da universidade porque por regra é mais barato. Jantar fora… de vez em quando, quando a carteira o permitir.
6. Caminho faculdade – casa – faculdade
Se não conseguiste encontrar casa ou residência perto da faculdade, que te permita fazer esse percurso a pé, tens de incluir essa despesa no teu orçamento. Verifica os custos de autocarro, comboio ou metro e vê qual é que te compensa mais. Por norma existem passes de viagens que podem reduzir o valor da despesa. Para algumas cidades como Amesterdão ou Bolonha, podes ponderar a compra de uma bicicleta (e de um aloquete também) porque são uma excelente opção. Não poluem, podes estacionar em qualquer lugar, não estás dependente de horários que não os teus e vais-te sentir um verdadeiro nativo.
7. Faculdade a quanto obrigas
Para além das propinas que terás de pagar por estar a fazer Erasmus, existem sempre custos inerentes aos estudos, sejam livros, fotocópias, material escolar, o que seja. Não te esqueças destes pequenos, mas que se podem tornar grandes, gastos.
8. Dinheiro para gastar aqui e ali
Se vais viver para Itália não resistirás a um capuccino de vez em quando ou a uma fatia de pizza, uma visita à Torre eiffel se estiveres em Paris ou uma noite mais doidivana em Amesterdão. Tudo isto tem um preço que não deves descurar. Aproveitar, sim, mas com peso e medida.
9. E quando as saudades apertam?
Fazer Erasmus é uma verdadeira aventura, muito importante para a tua independência, para cresceres a nível pessoal e claro, a nível profissional mas a saudade de casa a certa altura pode bater à porta. Há momentos que gostamos de viver com a nossa família como é o caso do Natal, do nosso aniversário, ou até da Páscoa. Devemos contar com essa possibilidade e ir procurando viagens para essas ocasiões, sempre com antecedência e se for possível em companhias baratas.
10. Bolsas para estudantes Erasmus
Como entre países o custo de vida difere, poderá ser-te atribuída uma bolsa Erasmus+. Esta bolsa reduz os custos da viagem e da estadia e o seu valor varia consoante os países de destino, o número de estudantes que se candidatam, etc. Se não conseguires esta bolsa, não desesperes. Podes ter direito à “bolsa zero”, um apoio para reduzir a diferença do custo de vida. Mas atenção, deves tentar informar-te com tempo para analisares as tuas opções e para processares a candidatura sem erros.
Depois de leres todos estes pontos dás por ti a pensar “ oh diabo!” mas não é o fim do mundo, tudo é possível. Não te esqueças que muitas destas despesas também as terias a estudar cá. Tens de fazer o teu orçamento, refletir sobre que universidade gostavas de frequentar em Erasmus, pesquisar sobre rendas, transportes e alimentação nesse país, ver se há possibilidade de teres uma bolsa e se sim, de que valor, e fazeres as tuas contas.
Faz o orçamento e faz as malas.