É essencial para a nossa sobrevivência e, apesar de ser tão importante, não tem cheiro, nem cor, muito embora tenha peso e ocupe lugar no espaço. Sabe do que estamos a falar? Se respondeu “ar”, então acertou em cheio!
Facto é que, por ser assunto tão trivial, poucas vezes paramos para pensar na composição do ar e como a poluição o afeta diretamente. Se quer saber mais acerca deste tema, então continue a leitura e fique por dentro com este artigo que preparamos para si. Acompanhe.
O que é o ar?
Podemos dizer que o ar é uma combinação de gases, vapor de água e poeiras que compõem a atmosfera. Essa composição varia conforme os distintos processos físicos e químicos que acontecem diariamente no planeta Terra. Não obstante, via de regra, a atmosfera é composta de nitrogénio, oxigénio e outros gases.
Qual a composição do ar?
Na atmosfera, encontramos o gás oxigénio, o mais importante para a respiração dos seres vivos. Todavia, engana-se quem pensa que este é o principal componente do ar.
Facto é que o ar é composto por uma mistura de gases, sendo o nitrogénio (N2) o principal, cuja proporção é de 78,08 %. Em segundo lugar está o oxigênio (20,95 % de O2) e o argônio (0,93 % de Ar). Uma última parcela, que corresponde a aproximadamente 0,04 %, é formada por outros componentes como gases do efeito estufa e outros gases nobres.
Conheça agora um pouco mais sobre cada um desses elementos:
Nitrogênio (N2)
Fundamental para os seres vivos, compõe 78,08% da atmosfera. Participa da formação de inúmeras moléculas orgânicas do metabolismo, dentre elas, as proteínas e o DNA.
Todavia, os seres vivos não o conseguem utilizar na forma molecular (N2), assim, o seu aproveitamento dá-se por meio de um processo denominado “fixação de nitrogénio”, feito por microrganismos encontrados no solo e em ambientes aquáticos, que transformam o N2 em nitrito (NO2–), sendo mais facilmente absorvido pelas plantas e seres vivos.
Oxigénio (O2)
Por ser o gás utilizado na respiração, o oxigénio é indispensável para a manutenção da vida. Como referido, faz parte da composição do ar, cuja proporção é de 20,95% da atmosfera.
Ademais, o oxigénio é o combustível das reações de combustão que produzem energia. Na estratosfera, o O2 converte-se, depois de sofrer reações, em ozono (O3), e é por isso que nessa região encontra-se a camada do ozono, cuja função é a de proteger a superfície do planeta Terra contra os raios ultravioletas emitidos pelo Sol.
Argônio (Ar)
Na composição do ar também se encontra o argônio, numa proporção bem menor, de 0,93%. Por ser um gás nobre, portanto, inerte, não reage com outros elementos e substâncias, sendo que a maior parte da sua origem na atmosfera é pelo decaimento radioativo de um isótopo do potássio, o potássio-40, presente em alguns minerais.
Além do argônio, existem outros gases nobres que fazem também parte da composição do ar, não obstante, em quantidades muito inferiores, tal como o Hélio (He), Neónio (Ne), Criptónio (Kr), Xenônio (Xe) e Radônio (Rn).
Ademais, existem outros componentes que não possuem uma ocorrência natural e que são variáveis. Estes são decorrentes de ações humanas, como gases do efeito estufa, entre outros compostos que dependem de condições climáticas e localidade. Confira infra:
- Dióxido de carbono (CO2): presente na atmosfera e consumido por vegetais no processo de fotossíntese, o dióxido de carbono (CO2) é um produto de reações de combustão e da respiração.
- Vapor de água: decorrente de processos de evaporação, a água está presente na atmosfera na forma de vapor, que se condensa formando as nuvens.
- Metano (CH4): também conhecido como “gás natural”, o metano é um dos gases do efeito estufa cuja capacidade de aquecimento é aproximadamente 60 vezes maior que o CO2. Advém de processos como queima de petróleo e mineração.
- Componentes variáveis: são as partículas sólidas, tais como a poeira, fuligem e fumaça, oriundas de ações humanas como demolições e queimadas.
Além disso, existem outros gases poluentes como os clorofluorcarbonetos (CFCs), emitidos diariamente na atmosfera. Os seus efeitos são devastadores, pois agravam a poluição do ar e contribuem significativamente para a destruição da camada de ozono.
Composição do ar e o efeito estufa
Como referido, encontra-se em 0,04% da composição do ar alguns gases do efeito estufa, entre eles CO2, vapor de água e CH4. A concentração desses gases tem aumentado consideravelmente ao longo das últimas décadas, o que tem causado danos climáticos irreversíveis e aumento gradativo da temperatura do planeta Terra.
As queimadas que ocorrem em diferentes regiões do planeta são responsáveis por aumentar a concentração de CO2. Em decorrência disso, diminuem as áreas verdes que contribuem para a conversão do CO2 em O2.
Consequentemente, a radiação UV do Sol é cada vez mais absorvida pela atmosfera, o que leva ao aumento da temperatura – que por sua vez, influencia na evaporação de corpos aquáticos, como os gelos das calotas polares, aumentando a concentração de vapor de água na atmosfera.
Uma reação em cadeia cujos efeitos são nefastos para todos os seres vivos, e que podem nos colocar diante de uma catástrofe climática se não forem realizadas ações eficazes para barrar o avanço da poluição atmosférica.
Resumindo…
O ar é um elemento fundamental para os seres vivos, para o clima, a distribuição da chuva e dispersão de sementes que favorecem a produção agrícola. É formado por uma combinação de gases, vapor de água e partículas suspensas, sendo vital para a manutenção da vida na Terra, ao lado da água e do solo.
Nos últimos anos, o debate acerca da poluição do ar tem ganhado cada vez mais projeção, visto que, quando a qualidade do ar é afetada, o ecossistema e os fatores que o envolvem são também alterados, o que provoca inúmeros fenômenos climáticos adversos, como o efeito estufa, a chuva ácida, a inversão térmica e a destruição da camada de ozono.
Portanto, podemos dizer que a importância do ar está intrinsecamente ligada à qualidade de vida do planeta Terra, sendo que a ausência desse elemento impossibilita a manutenção das espécies.
Por isso, é fundamental que o ar seja mantido limpo e saudável, o que evita prejuízos aos ecossistemas, além das enfermidades que acometem o sistema respiratório das populações das grandes cidades.
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