Orçamento familiar: descubra como organizar em 7 passos

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São várias as mudanças que precisam de ser implementadas por quem não tem as contas em dia. Muito provavelmente as mais importantes estão diretamente relacionadas com o orçamento familiar, pois, a depender deste, não há outros parâmetros para seguir antes.

Ou seja, se o seu orçamento familiar não está em dia, dificilmente outras etapas de suas finanças estarão. É um processo e, como tal, exige determinação e lógica para torná-lo real, promissor e, acredite, lucrativo.

Formas de poupar sem perder tempo

Acreditar num processo pode ser mais bem difícil do que o seguir. É por isso que muita gente prefere ouvir ou ler as palavras de alguém que entende do assunto, como você está fazendo agora.

Dentro desse mundo, há inúmeras dicas sobre como poupar, investir ou fazer renda extra. Mas, o mais importante, antes de dar qualquer passo maior, é compreender como um processo funciona: ele exige comprometimento, e faz com que os resultados sejam sólidos.

Ou seja, depende de você tomar as atitudes que vai ler a seguir para, a seguir, dar passos maiores. Isso te fará economizar sem perder tempo, porque são passos orientados pela lógica.

Veja, agora, como organizar seu orçamento familiar em 7 passos.

1. Avalie a atual situação financeira da família: este é o primeiro passo

É necessário parar, dar dez passos para trás e, somente então, começar a se organizar para melhorar a situação e organizar o orçamento familiar.

E não se sinta injustiçado com isso, porque faz parte do processo. Este é o momento de tornar todas as contas, despesas, gastos e, é claro, os ganhos diante de si, para analisar de forma panorâmica o que deve ser feito.

Se as despesas familiares forem divididas, todos os envolvidos precisam participar desta etapa. O orçamento familiar depende de quem está comprometido em tornar a dinâmica verdadeiramente útil. Ou seja, é preciso comprometimento de quem gasta, paga e ganha.

Por isso, o primeiro passo vai gerar a grande mudança: a de aceitar como as coisas estão funcionando. Assim, será possível começar a organização. Converse com todos.

2. Ao organizar, agora é a hora de dividir as despesas fixas e as variáveis

A partir do momento no qual a situação financeira estiver colocada à mesa, ou seja, quando você souber qual é o orçamento familiar de fato, haverá a hora de dividir as contas.

Nesta etapa, as despesas fixas precisam ser levantadas: todas as contas necessárias, como água, luz, internet, compras para a casa. Cada item essencial para a sobrevivência e mantimento da família deve ser listado.

Em seguida, as despesas variáveis, como cartão de crédito e outros itens que podem ou não aparecer nos gastos mensais precisam ser colocados no papel também – ou em uma planilha.

Desta forma, a tomada de consciência ajudará a todos o real orçamento familiar: quanto dinheiro entra mensalmente para a família? E quais são as despesas fixas e variáveis de todos?

Isso te levará ao próximo passo para organizar seu orçamento familiar.

3. Apesar de óbvio, é bom lembrar: gastar menos do que se ganha é essencial

Ao ter consciência de qual é o valor recebido todos os meses, você fará a mais importante conta de todas: o valor que entra é maior que o valor que sai, certo?

Não se preocupe, ninguém está te julgando. Ao contrário, pois, se chegou até aqui é porque essa tomada de consciência é necessária. Então, é a partir dela que as ações precisam ser estabelecidas.

Ou seja, a partir de agora é preciso administrar seu orçamento: com a organização dos ganhos e gastos, quais serão os cortes necessários, ou os parcelamentos, negociações e outras atitudes correlacionadas, que diminuirão os gastos mensais?

4. Contas precisam ser pagas, e um valor mensal precisa ser poupado

Perceba que, para entender de fato como organizar seu orçamento familiar, há um processo, o qual chega a este passo a passo. Por isso, de nada adianta ignorar ou simplesmente pular uma etapa, pois, por mais dolorosa que ela seja, você será cobrado caso não se organize corretamente.

Portanto, ao tomar consciência de como certas contas precisam ser pagas, é a hora de estabelecer prioridades: quitar o que é possível, parcelar o que é necessário e eliminar, item por item. Isso pode levar semanas ou meses, de acordo com o rendimento familiar.

É neste ponto que as mudanças começam a ocorrer. Em consequência, será possível iniciar a poupança para toda a família. Para isso, existem dois caminhos: poupar todo o valor remanescente dos gastos e despesas pagas, ou estabelecer uma porcentagem como meta.

5. Imprevistos acontecem: daí a importância da reserva de emergência

Este passo é autoexplicativo: sempre acontecem situações pelas quais as pessoas ficam penduradas financeiramente. Para evitar que isso ocorra em número maior do que o recomendável, a reserva de emergência pode ser utilizada.

Então, se o seu passo a passo seguiu até aqui todas as recomendações, é bem provável que tenha separado um valor para não ser gasto. Esse montante é o responsável por tirar a família do sufoco quando for preciso.

6. Reúna a família pontualmente para delimitar os gastos de todos

Por falar em sufoco, eis um passo essencial. É preciso conscientizar a todos, pontualmente, para que o desequilíbrio seja recuperado. Sim, sabemos que é impossível manter tudo perfeitamente estável sempre, porque a vida acontece. Justamente por isso, o diálogo (e a reserva de emergência) serve para tranquilizar.

Ninguém precisa de uma apresentação no retroprojetor, de uma conferência ou sequer da planilha de gastos para se conscientizar. Aqui, a intenção é dialogar, ou seja, conversar sobre o que foi gasto e o que precisa ser comprado, por exemplo, pois assim será muito mais simples seguir para o próximo passo.

7. Defina objetivos de curto, médio e longo prazos com todos os envolvidos

Se todos estiverem conscientes de seus gastos, das contas que precisam ser pagas e da importância de manter-se unido no núcleo familiar, o orçamento de casa passa a ser contemplado como algo habitual.

A partir de então, definir objetivos passa a ser um caminho natural. Neste ponto da organização do seu orçamento familiar, será possível olhar adiante, e aqui estão as importâncias dos objetivos de curto, médio e longo prazos:

  • Curto prazo: o mais comum, e muitas vezes o mais ignorado. Aqui, sua família terá o panorama do que quer realizar nos próximos meses, como a compra de algo para todos, a realização de um evento ou até mesmo uma pequena viagem.
  • Médio prazo: entre um ano e meio e dois anos e meio, seus objetivos poderão ser um pouco maiores, como a troca de um carro, uma viagem maior ou o investimento em algo que traga benefícios a todos, como a reforma que tanto precisa ser realizada.
  • Longo prazo: mudança de casa? Construir uma casa em outro lugar? Quais são os objetivos para os próximos anos?

Lembre-se: estabelecer os objetivos é a parte relativamente fácil de toda a questão. É a realização de cada um deles que exigirá de todos o mesmo comprometimento de sair das dívidas lá do início do passo a passo. Afinal, cada objetivo em comum deverá ser realizado por todos.

Portanto, para que isso aconteça, você pode simplesmente estabelecer metas individuais ou alavancar ações conjuntas para que todos se esforcem igualmente, seguindo os mesmos parâmetros da organização orçamentária.

E, se algo der errado, basta começar novamente. Afinal, como todo processo, estes passos servem para quem quer começar, mas também podem ser usados para quem precisa fazer tudo de novo. O importante é ter controle e organização sobre o orçamento familiar.

Luana Castro Alves

Licenciada em Letras e Pedagogia, redatora e revisora, entusiasta do universo da literatura, sempre à procura das palavras. "Não se pode escrever nada com indiferença." (Simone de Beauvoir)