Métodos de estudo: melhores formas de decorar a matéria

metodos de estudo

Organização é a palavra chave no que toca aos estudos. Organizar a forma como estuda e assim criar os seus próprios métodos de estudo que melhor se adequa a si é essencial para ser bem sucedido, seja no ensino básico, secundário ou até universitário.

Existem inúmeros métodos de estudo, não havendo propriamente um melhor que o outro. A escolha varia de acordo com o perfil de cada estudante, dado que cada pessoa tem as suas próprias características. Enquanto alguns estudantes respondem a estímulos visuais, outros preferem estímulos auditivos.

Os métodos de estudo mais convencionais passam por sublinhar os textos e por fazer resumos da matéria dada. Porém para alguns estudantes, estas “ferramentas” parecem não ser suficientes para serem bem sucedidos.

A verdade é que muitos estudantes não sabem usar métodos de estudo corretamente, dado não bastar sublinhar o texto, é necessário saber qual a matéria que é realmente importante ou, sendo possível, que parte da matéria será alvo de avaliação.

Por estes e outro motivos acreditamos ser útil conhecer os métodos de estudos mais comuns, sendo esse o tema deste artigo. Quem sabe se descobrirá algum que é particularmente eficaz para si. Confira!

Principais técnicas e métodos de estudo

Como referimos existem inúmeros métodos de estudo. A maneira como cada um “absorve a matéria” é diferente, pelo que os métodos de estudo deverão também ser diferentes.

Escolher uma técnica ou método (ou uma combinação de várias) depende, em grande medida das características pessoais de cada estudante. Em seguida, abordamos algumas das técnicas e métodos de estudo mais eficazes.

1. Intercalar e distribuir o estudo

Algumas pessoas pensam que a melhor maneira de absorver toda a matéria que será alvo de avaliação, é estudar alguns dias antes da data da sua realização. Embora isto acabe por resultar, na prática, esta forma de estudo parece não ser particularmente eficaz, visto ser um tanto ao quanto “forçada”. A maior consequência será que ao fim de alguns dias já não se recordará daquilo que estudou.

É relativamente consensual que os melhores métodos de estudo são aqueles onde o estudo é distribuído ao longo do tempo. Isto permite-lhe não colocar tanta pressão nos dias anteriores à realização da prova.

Por exemplo, pode organizar os próximos sete dias de estudo, definindo que durante esse período, estudará português, filosofia ou história. Para isso, basta distribuir o tempo livre que tem disponível, da forma que considerar adequada a cada disciplina

A grande vantagem deste método de estudo é o facto de evitar que a matéria se acumule, assegurando-lhe uma maior tranquilidade no momento da prova de avaliação.

2. Explicar a matéria (para si ou outras pessoas)

Neste método de estudo, além da leitura das matérias, estará a fazer uma espécie de resumo, porém em vez de escrito, o resumo será oral. Um exemplo de aplicação deste método, é a simulação de uma aula onde coloca a si o desafio de apresentar a matéria para os seus colegas de estudo (ou apenas para si, em voz alta).

Se achar adequado, poderá sempre pedir aos professores autorização para gravar as aulas.

3. Preparar perguntas sobre a matéria

À medida que vai estudando a matéria, pode ser particularmente útil preparar algumas perguntas sobre os temas. Isto permite-lhe ter uma perspetiva das perguntas que poderão fazer parte do exame de avaliação, permitindo-lhe criar uma linha de pensamento lógico sobre a matéria.

Tomemos como exemplo a disciplina de história, mais concretamente o período da Revolução Francesa. Pode pensar em algumas perguntas sobre o tema, como por exemplo, em que ano ocorreu, quem foram as personalidades envolvidas e quais os objetivos da revolução. Isto torna mais fácil memorizar a matéria, nomeadamente datas, nome e contextos.

Procure responder as perguntas em voz alta, visto que seguindo o princípio do método de estudo referido anteriormente, falar em voz alta ajuda a memorizar informações.

4. Recorrer a mnemónicas

As mnemónicas são um excelente auxiliar de memória. Estas permitem-lhe memorizar frases, abreviaturas, ou siglas que representam uma associação com nomes, fórmulas ou tabelas.

Mesmo sem se aperceber, é provável que já tenha recorrido a métodos de estudo, inclusive a mnemónicas, durante o seu percurso académico. As mnemónicas são aquelas frases ou músicas inventadas pelos professores que o ajudam a decorar aquela fórmula matemática quase impossível de gravar na memória.

Para criação de mnemónicas, recomendamos que siga estes passos:

  • Quando pensar numa sigla, cada letra deverá referir-se a uma palavra/conceito;
  • Crie frases em que as palavras lembrem uma determina ordem. Por exemplo, usar a frase “O Rei Ficou Claramente Orgulhoso da Família do Genro Escolhido”, para se lembrar da sequência dos hierarquia taxonómica;
  • Elabore frases em que a inicial de cada palavra lembre o nome de algum elemento/ideia importante. Ex: “Logo Ali Tem Muita Comida”, criada para lhe lembrar o nome dos alimentos que tem de comprar no supermercado: laranja, abacate, tomate, maçã, cebola.

Este método é também utilizado com palavras chaves que remetem a assuntos mais complexos, sendo normalmente mais úteis em memorizações de curto prazo.

5. Fazer resumos e sublinhar a matéria

Como referimos no início do texto, fazer resumos e sublinhar os manuais é, muito provavelmente, o método de estudo mais usado pelos estudantes de todo o mundo, os portugueses não são exceção.

Aqui é importante ter em atenção que o resumo deve ser sucinto, devendo contar apenas as informações verdadeiramente importantes a serem memorizadas. O mesmo princípio aplica-se a tudo aquilo que sublinha nos manuais pelos quais estuda. Usar canetas coloridas que “chamam a atenção”, torna a leitura mais fácil.

6. Resolver exames de anos anteriores

Estudar e rever o material que será alvo de avaliação no exame é importante, mas não o suficiente para garantir que tem uma boa nota. Uma boa forma de estudar, sobretudo quando está apertado em termos de tempo, é procurar resolver exames dos anos anteriores. Isto é particularmente útil em cursos como Direito, Economia, Gestão, Sociologia e Psicologia.

A grande vantagem de resolver exames de anos anteriores é que, permite ao seu cérebro que se adapte a um determinado tipo de questão, tornando o raciocínio mais rápido no momento da prova.

7. Reler tudo aquilo que estudou

Regra geral, durante o estudo, a primeira leitura costuma ser a mais superficial, não permitindo compreender e, mais importante, reter a matéria. Para um entendimento cabal é importante reler várias vezes tudo o que for alvo de estudo.

Por exemplo, se fez resumos da matéria, estes devem ser lidos várias vezes até ter conseguido recordar-se sem precisar de ter o papel à sua frente. Escusado será dizer que o número de vezes que tem de ler a matéria variará de estudante para estudante

8. Criar mapas mentais

Para os estudantes que aprendem melhor através de estímulos visuais, os mapas mentais são um dos melhores métodos de estudo. O objetivo é criar diagramas com um tema central e associar informações complementares ao mesmo. Por exemplo, pode usar como tema central um determinado ano. A partir desse ano, ligar factos históricos e políticos relacionados. Este método facilita a memorização.

9. Utilizar tabelas no estudo

Este método de estudo passa por organizar as informações em quadros/tabelas que ajudam a memorizar o seu conteúdo. Por exemplo, para o estudo da língua inglesa, poderá criar quadros com verbos e relacioná-los com outros tempos verbais.

Após criar a tabela, é importante copiá-la várias vezes. Este processo fará com que o cérebro memorize as informações. Em seguida, basta tentar reproduzir o quadro/tabela sem consultar os apontamentos.

Esta também é uma ótima ferramenta de memorização para pessoas com maior facilidade de aprendizagem por estímulos visuais.

10. Grave áudios das aulas

Entre outros métodos de estudo, este resulta particularmente a pessoas mais suscetíveis a estímulos auditivos. A audição é uma das melhores formas de ajudar o cérebro a fixar informações na memória de longo prazo.

Idealmente deverá ler em voz alta a matéria, seja a partir dos manuais ou, melhor ainda, a partir dos resumos que fez. Enquanto o faz, está a utilizar um gravador de voz (ou até o próprio telemóvel) para gravar o que vai dizendo. Depois é só ouvir a gravação quantas vezes for necessário até assimilar toda a matéria.

Cada indivíduo tem as suas particularidades e dificuldades chegado o momento de estudar. Desta forma é importante analisar todos os métodos de estudo que apresentamos ao longo deste artigo e escolher o mais adequado para si. Caso não saiba qual é, nada como testar. Bom estudo!

Worker.pt editorial team

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