Animal de estimação: o que precisa de saber antes de adotar

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Um animal de estimação não é um brinquedo. Adotar um animal de estimação não é uma decisão que possa ser tomada de ânimo leve, devendo ser ponderada e nunca tomada por impulso. Embora seja certo que ter uma animal de estimação tem inúmeros benefícios, nomeadamente para o desenvolvimento das crianças e para os idosos, há que referir que tem também as suas desvantagens.

O que queremos dizer com isto é que gostar de animais não é suficiente. De nada adianta querer ter um animal de estimação se não tiver disponibilidade e paciência para dele cuidar, nomeadamente para o alimentar e para o passear. Além disso, o custo financeiro é outro ponto que não pode deixar de ser considerado.

Para o ajudar a ponderar se deve (ou não) adotar um animal, redigimos o presente artigo onde, para além dos pontos positivos, abordamos as desvantagens que ter um animal de estimação acarreta.

Vantagens de ter um animal de estimação

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Crianças, adultos e idosos, todos beneficiam com a presença de um animal de estimação

Independentemente de se tratar de uma criança, um jovem, um adulto ou um idoso, a companhia de um animal de estimação é benéfica para todos os membros da família. Destacamos alguns pontos:

  1. Melhora a autoestima – A convivência com um animal de estimação é muito positiva e faz com que as pessoas se sintam melhores. Isto já foi comprovado, até mesmo com enfermos, nomeadamente com pessoas hospitalizadas. Por serem animais bastante carinhosos, os cães ou gatos, sejam eles de pequeno ou grande porte, geram mais alegria e bem-estar.
  2. Faz bem à saúde – Sair para passear o seu animal de estimação, seja num parque ou em outros espaços abertos, acaba por ser uma oportunidade para que o “dono” faça uma caminhada. Muitas vezes ter um animal de estimação ajuda as pessoas a saírem do sedentarismo, o que é benéfico para a saúde de um modo geral.
  3. Cura a solidão – A companhia de um animal de estimação é ótima para aqueles que se sentem sozinhos, em grande medida por gerarem um conjunto de interações. Os animais garantem uma presença física e, por isso, promovem uma sensação de maior de segurança. Além disso, sair de casa para os passear impacta positivamente na vida social.
  4. Reduz o stress – Pessoas muito agitadas, ansiosas e nervosas podem se beneficiar muito do convívio com um animal de estimação. A relação de afeto que surge com o tempo e a sensação de responsabilidade, são coisas que, mesmo sem perceber, acabam por contribuir para a diminuição da ansiedade, promovendo um pouco de relaxamento e, consequentemente, reduzindo o stress.
  5. Gera mais alegria – Os animais costumam apegar-se muito rapidamente aos donos e este carinho é algo a que ninguém consegue ficar indiferente. Perceber que aquele animal está consigo, independentemente das circunstâncias é algo extremamente reconfortante. E há pesquisas que já comprovaram que essa relação de cumplicidade aumenta os níveis de oxitocina, serotonina e dopamina, que aumentam a sensação de bem estar e são fundamentais na “construção da felicidade”.
  6. Sentido de responsabilidade – Assumir o compromisso de cuidar de um animal ajuda também as pessoas que sofrem de depressão, pois deixam a mente ocupada e ajudam a desenvolver um forte “compromisso emocional”.

Benefícios dos animais no desenvolvimento das crianças

São muitas as vantagens que as crianças retiram da companhia de um animal de estimação, podendo até aferir que são quem mais beneficiam desta relação, nomeadamente no seu desenvolvimento emocional e social.

Destacamos alguns dos benefícios:

  • Os animais tornam-se “confidentes” das crianças;
  • Transmitem a importância de cuidar do outro;
  • São companheiros nas brincadeiras, o que aumenta a interação social e faz com que as crianças que se venham a tornar adultos mais sociáveis;
  • Ensinam às crianças um pouco sobre as várias fases da vida, nomeadamente a morte;
  • Regra geral, o sistema imunológico das crianças desenvolve-se melhor, fruto da exposição a alguns elementos, diminuindo a probabilidade de desenvolverem alergias;
  • As crianças tornam-se mais responsáveis, mesmo não sejam as crinças as responsáveis por cuidar do animal (tarefa que deve ser desempenhada por um adulto). Não obstante, devem-lhe ser confiadas algumas tarefas/responsabilidades mais simples, com por exemplo a alimentação do animal.

Desvantagens de ter um animal de estimação

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Ao adotar um animal deve estar ciente das suas responsabilidades

Como já referido, cuidar de um animal requer tempo, dinheiro e uma certa dose de paciência. Alguns pontos podem ser difíceis, nomeadamente:

  • Ter tempo para levar o animal a passear todos os dias (particularmente importante para quem vive em apartamentos);
  • Mesmo em casa, ter disponibilidade para brincar e dar atenção ao animal depois de um dia de trabalho;
  • Ter espaço suficiente para que o animal possa viver de forma confortável.
  • Não se esquecer de comprar a comida adequada;
  • Estar atento à água e à comida diariamente, para que não falte nada;
  • Limpar a sujidade que o animal fizer em casa ou no quintal;
  • Educar para que aprenda a urinar e defecar apenas nos lugares corretos;
  • Cuidar para que não estrague móveis, objetos ou as plantas do jardim;
  • Lidar com o ruído que possam causar no dia a dia (ladrar, miar, etc.), certificando-se que não desrespeitam o descanso dos seus vizinhos;
  • Suportar o custo que irão acarretar ao longo do tempo, seja na alimentação diária, nos produtos de higiene ou nas consultas periódicas com o veterinário;
  • Estar ciente de que não poderá ficar muitos dias fora de casa.

Vale a pena ter um animal de estimação?

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Nem toda a gente deve adotar um animal de estimação

A resposta a esta pergunta é algo muito pessoal, razão pela qual não podemos responder por si. O mais importante é perceber se o seu modo de vida e o da sua família permitem assumir as responsabilidades de adotar um animal de estimação.

Caso a resposta seja afirmativa, deve ter noção de que, ainda assim, nem todos os animais poderão “combinar” consigo. A título de exemplo referir que os cães de grande porte, poderão ter uma personalidade diferente das raças de cães pequenos. Há vários pontos a considerar, nomeadamente a tendência para ladrar, o seu nível de energia, a necessidade de companhia, etc.

Esperamos que ao ler este artigo o tenhamos ajudado a perceber se tem o tempo, a paciência e a disponibilidade financeira para adotar um animal de estimação neste momento.

Mariana Bueno

Brasileira, jornalista e escritora. Desde criança tem os livros como os seus grandes companheiros e, mais tarde, transformou a escrita em profissão. É formada em Comunicação e pós-graduada em Media Digitais. Gosta de transmitir informações por meio dos seus textos e adora ouvir e contar boas histórias, de preferência as que descobre ao viajar por diferentes lugares.