Falar em público: descubra como se preparar e como combater o medo

o medo de falar em público

Saber falar bem em público: uma competência que amedronta e que gera admiração mesmo por aqueles que a dominam. Embora não seja algo tecnicamente complexo, a componente emocional, o medo e a ansiedade que lhe surgem associada tornam-na uma arte difícil de dominar.

Ao contrário do que muitas vezes pensamos, falar em público não é uma capacidade inata. Qualquer pessoa que se dedique a aprimorá-la é capaz de a dominar e ser bem-sucedido.

Porque é que temos medo de falar em público?

O coração bate descompassado, as mãos suam, as pernas tremem, a boca fica seca, na garganta forma-se um nó. Este cenário é-lhe familiar? São sintomas típicos da ansiedade que muitas vezes surge associada ao momento de falar para outras pessoas, sobretudo quanto maior o número e quanto menor a familiaridade.

Esta dificuldade pode, inclusivamente, fazer parte de um quadro de perturbação – a chamada Fobia Social ou Ansiedade Social, que se caracteriza por um medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras pessoas, por exemplo, interações sociais (manter uma conversa, encontrar pessoas desconhecidas), ser observado e situações de desempenho diante dos outros (por exemplo, falar numa palestra ou fazer uma apresentação oral).

Embora a maioria das pessoas não sofra desta perturbação (e aqueles que sofrem devem procurar ajuda profissional), praticamente todas sentem alguma ansiedade associada ao momento de discursar para um conjunto de pessoas. E existem várias razões que o justificam:

  • Tudo o que foge da rotina ou é muito diferente da normalidade gera-nos algum desconforto. No quotidiano não estamos habituados a falar para dezenas de pessoas ao mesmo tempo, logo, quando confrontados com essa situação, sentimo-nos fora da nossa zona de conforto;
  • O medo de falhar é inerente a qualquer ser-humano, em maior ou menor medida. Quando comunicamos para várias pessoas sentimo-nos avaliados e, consequentemente, temos receio de errar;
  • Padrões de perfeição muito elevados, em que exigimos demasiado de nós próprios, levam a um incremento da insegurança e a uma enorme pressão que resulta, frequentemente, em medo e ansiedade;
  • Falta de competências sociais, ou seja, quando nos isolamos e temos tendência a evitar o confronto com situações em que temos de comunicar com várias pessoas, aumentamos a nossa insegurança e o nosso medo e geramos uma bola de neve cada vez maior;
  • A vulnerabilidade é algo que todos receamos e a verdade é que quando todos os olhos estão postos em nós sentimo-nos vulneráveis.

Compreendendo então as razões que fazem com que falar em público possa ser um momento particularmente doloroso, pode concluir que não é o único nem é incapaz por se sentir assim, pois na verdade esse sentimento é perfeitamente natural.

Preparação para falar em público

Sente-se mais ansioso quando tem de lidar com uma situação para a qual não se preparou, ou quando tem de lidar com algo para o qual teve bastante tempo para se preparar? A resposta a essa pergunta parece lógica e ajuda-nos a perceber que a preparação é a chave para o sucesso e para uma maior autoconfiança e menor ansiedade.

A maior percentagem de uma comunicação oral é feita antes de esta acontecer, ou seja, na fase da preparação. Se perde 20 minutos a apresentar, provavelmente deve perder 1 hora ou mais a preparar. Investir numa boa preparação é fundamental para garantir o sucesso quando for a hora de, efetivamente, comunicar.

Estude bem o tema

Conheça a 100% aquilo de que vai falar. Estude, pesquise, recolha toda a informação possível, de forma a dominar o tema. Se estiver inteiramente por dentro do assunto vai sentir-se muito mais confiante e preparado, para além de que não será traído por alguma pergunta que lhe possam colocar.

Conheça bem o público

É fundamental saber para quem vai falar, porque transmitir uma mensagem para médicos não é a mesma coisa do que transmitir uma mensagem para professores. Falar para crianças não é o mesmo do que falar para adultos. Por exemplo, se o seu tema é o Bullying, a forma como o vai transmitir será bastante diferente se for falar para alunos ou se for falar para professores.

Por isso, procure conhecer bem o público para o qual vai falar: a sua formação, idade, expectativas, perfil comunicacional, habilitações, entre outras. Para além de isto lhe ajudar a que a mensagem passe de forma mais eficaz, fá-lo-á sentir-se mais seguro porque lhe permitirá criar uma ligação com as pessoas para as quais está a falar, e diminuir a distância.

Prepare o que vai dizer

Depois de estudar o assunto e de saber para quem o vai transmitir, é fundamental que prepare aquilo que vai dizer, para que não se sinta desprevenido quando for comunicar. Tal não significa que tem de elaborar um texto completo e decorá-lo, palavra a palavra, sob pena de parecer um gravador e soar pouco genuíno. No entanto, deve preparar uma estrutura, com princípio meio e fim, para a sua mensagem, incorporando tópicos importantes de que não se quer esquecer.

Nesta fase, é fundamental que saiba de que tempo dispõe e se prepare de acordo com esse tempo. Foque-se apenas nas informações que as pessoas realmente querem ouvir. Existem várias estruturas que pode seguir, mas um método simples é ter uma introdução, um contexto, conceitos principais, implicações principais e conclusão. Pode também construir a sua estrutura em torno de perguntas: O quê? Como? E depois?

Conheça o espaço

Conhecer o espaço onde vai fazer a apresentação vai ajudá-lo a sentir-se mais confiante e mais preparado. Permite-lhe saber qual a disposição da sala, de que forma as pessoas estão sentadas, de que recursos dispõe (mesas, cadeiras, quadro, etc). Se vai utilizar um recurso audiovisual, é fundamental testar previamente se tudo funciona como pretende, para que na hora da apresentação não aconteçam imprevistos como o computador não funcionar, não ser compatível com o software em que desenvolveu a apresentação, etc.

Treine muitas vezes

Depois de ter devidamente preparado aquilo que quer dizer, treine bastante a sua comunicação. Isto vai permitir incrementar a sua autoconfiança, detetar possíveis erros ou falhas e aprimorar todo o processo. Para este treino pode seguir algumas estratégias:

  • Pesquise palestras ou comunicações orais de oradores experientes e tire ideias e dicas;
  • Treine em frente ao espelho para verificar o seu à-vontade, a sua postura não-verbal, etc;
  • Faça a sua comunicação para alguns amigos, familiares ou colegas de trabalho, para que eles lhe possam dar feedback sobre os aspetos positivos e aspetos a melhorar;
  • Grave a sua apresentação, pois ao visualizar consegue detetar não só aspetos que pretende melhorar em termos de conteúdo mas também em termos da sua postura não-verbal.

Depois de treinar, avalie e verifique alguns aspetos importantes:

  • Se considera que prendeu a atenção do público;
  • Se manteve contacto visual;
  • Se criou uma nova ideia e transmitiu uma mensagem revelante;
  • Se deu exemplos suficientes;
  • Se utilizou um tom de voz equilibrado;
  • Se adotou uma boa postura e uma boa comunicação não-verbal;
  • Se cumpriu o tempo;
  • No global, se sentiu satisfeito com aquilo a que assistiu.

Abrace o desconforto

Dominar algo que tememos exige uma boa dose de coragem e muita prática. Só conseguiremos tornar-nos mais confortáveis a falar em público se nos colocarmos várias vezes nessa posição. Por mais desconfortável que seja, esse desconforto vai diminuir à medida que se vai confrontando com as situações, porque acaba por criar habituação e diminuir o medo e a ansiedade.

Por isso, aceite e abrace oportunidades que lhe permitam confrontar-se com o desconforto de falar em público: ofereça-se para apresentar um trabalho, faça um discurso na próxima festa de aniversário ou casamento, vá a eventos onde estão muitas pessoas e fale com elas, etc.

Use (e abuse) da confiança, emoção e lógica

Esta receita de três ingredientes era a recomendada pelo filósofo Sócrates para uma boa oratória: ser confiante, falar com emoção e ter um discurso lógico. Vejamos então cada um destes ingredientes e como deve fazer uso deles.

Confiança

Falar com confiança e domínio é imprescindível para conseguirmos convencer a plateia da nossa mensagem. Imagine que vai a uma conferência e a pessoa que está a falar parece desaparecer no cenário, surge diminuída, pouco confiante… Acreditará na sua mensagem? Provavelmente não.

Por isso, é fundamental investir na sua autoconfiança, preparar-se a 100% para que sinta que domina o mais possível aquilo que pretende transmitir. Aposte também em outras estratégias que o ajudem a sentir-se confiante: a roupa, a postura, o local da apresentação, entre outros.

Para que a autoconfiança exista é fundamental que seja genuíno, isto é, seja você mesmo. Se tentarmos transmitir uma mensagem que não é nossa, de uma forma que não se enquadra no nosso estilo, não nos vamos sentir confiantes nem vamos transmitir credibilidade a quem nos ouve. Se não gosta de falar alto nem de gesticular muito, não o faça só porque acha que é isso que é esperado por si. Se não gosta de contar piadas, não conte piadas. Pense na forma como fala e comunica quando se sente à vontade, num grupo de amigos: esse é o seu estilo, opte por ele.

Emoção

Se tentar recordar os discursos que mais o marcaram, provavelmente serão os mais preenchidos de emoção. É fácil entender quando alguém é apaixonado por aquilo que está a falar, ou quando o está a fazer por mera obrigação, como uma tarefa desprovida de sentido.

Apaixone-se por aquilo que está a dizer, encontre exemplos e questões práticas que admire e que sejam significativas para si.

Lógica

É fundamental que o conteúdo daquilo que vai apresentar seja lógico, isto é, que tenha um princípio, meio e fim e que as partes estejam bem conectadas. Para isso, a preparação, já referida anteriormente, é fundamental. Prepare bem o seu discurso e assegure-se de que as ideias estão bem encadeadas, de que faz sentido passar de um tema para o outro, de que encontra uma boa ligação entre as várias temáticas de que quer falar.

Cuidado com a voz

A forma como usamos a nossa voz pode contribuir para abrilhantar o discurso, conferir sentimento às palavras. Pelo contrário, quando usada erradamente, pode transmitir insegurança ou falta de preparação. Por isso, deve treinar alguns aspetos na sua voz ao longo do discurso:

  • Entoação – corresponde ao tom que conferimos à voz. É importante em primeiro lugar conhecer o tom natural da sua voz e, se achar necessário, ajustá-lo. Por exemplo, se é alguém que por natureza fala baixo, tente ajustar esse tom e treine colocar a voz e falar num tom ligeiramente mais elevado;
  • Inflexão – está ligada à entoação mas diz respeito às alterações no tom de voz. Numa comunicação oral é muito importante que o seu discurso não seja monótono, e que vá fazendo pequenas alterações: mais grave, mais agudo, mais suave, mais lento ou mais rápido, conforme a mensagem que quer transmitir. Por exemplo, se vai focar um ponto muito importante ou se quer criar suspense no público, altere para um tom mais elevado;
  • Dicção – ter uma boa dicção significa ter a capacidade de pronunciar as palavras de forma correta e clara, sem “comer” letras ou pronunciar palavras erradamente. Treine o seu discurso e verifique se não comete este tipo de erros;
  • Ritmo – falar muito lentamente vai fazer com que as pessoas percam o interesse, mas falar muito rápido fará com que elas possam não compreender a sua mensagem. Encontre um ritmo confortável e equilibrado para comunicar. Além disso, faça pausas ao longo do discurso, pois são uma ótima estratégia para gerar reflexão em quem está a ouvir.

Cuidado com a comunicação não-verbal

A comunicação não-verbal diz respeito a tudo o que comunicamos sem usar palavras. É possível formar uma impressão e inclusivamente tirar conclusões sobre alguém sem que essa pessoa profira uma única palavra. Por isso, deve estar muito atento à sua postura, gestos, expressão facial, porque isso irá ser grande parte da sua comunicação com o público. Pode seguir algumas dicas para que a sua comunicação não-verbal seja eficaz:

  • Sorria: o sorriso é uma linguagem universal, que faz com que quem o está a ouvir se sinta confortável e que crie uma ligação próxima com o interlocutor;
  • Estabeleça contacto ocular: olhe as pessoas nos olhos de uma forma confortável, tentando distribuir o seu olhar por todos os elementos do público;
  • Adote uma postura direita, sem se encostar a mesas ou paredes;
  • Aproveite o espaço de que dispõe e circule de forma natural, não se mantenha rígido sempre no mesmo sítio;
  • Use gestos de forma equilibrada, e evite posturas como cruzar os braços ou ter as mãos nos bolsos.

Apresente-se sempre

A apresentação dependerá muito do contexto em que está a comunicar. Se foi convidado para ser palestrante numa conferência é possível que as pessoas não o conheçam, no entanto se está a fazer uma apresentação para colegas de trabalho estes já o conheçam.

Ainda assim, é fundamental fornecer sempre às pessoas um contexto que clarifique porque é que é a pessoa certa para falar daquele assunto. Por exemplo, se as pessoas vão ouvir algo sobre saúde, é natural que esperem que o seu orador seja um profissional de saúde. Se está a apresentar na empresa resultados de determinado projeto, é fundamental que explique o seu envolvimento e competência naquele projeto em específico, bem como a sua experiência em projetos anteriores semelhantes.

Transmita a mensagem de forma clara e use exemplos

Independentemente do quão boa a sua mensagem seja, se não a souber transmitir de forma clara, não terá impacto. Esforce-se por usar uma linguagem simples e que o seu público entenda, procurando começar por falar de coisas que têm em comum e evoluindo a partir daí. Por exemplo, está a falar sobre bullying e já assistiu a situações desse tipo no seu tempo de estudante? Transmita esse exemplo ao público e parta daí.

As pessoas gostam de histórias reais e exemplos concretos mais do que teoria, por mais correta que esteja.

Além disso, assegure-se de que consegue transmitir de forma inequívoca o objetivo da sua comunicação. Quando chegar ao fim, é importante que as pessoas compreendam qual era o objetivo da palestra ou apresentação, que percebam o que quis transmitir. É também fundamental que aquilo que diz seja benéfico e útil para a plateia que tem à sua frente.

Evite algumas armadilhas

Tenha cuidado com algumas armadilhas que podem surgir frequentemente numa comunicação, e que criam um impacto negativo em quem ouve:

  • Clichés: as frases feitas podem vulgarizar o seu discurso, por isso opte por usar as suas próprias palavras de uma forma natural;
  • Falar pelos outros: evitar dizer “nós já falamos deste assunto” ou “já todos concordamos que”;
  • Vícios de linguagem: repetir muitas palavras a mesma palavra, usar expressões repetidas como “ok”, “não é”, “portanto”, “então”, etc.

Crie impacto no início e no fim

O efeito da primazia e da recência é um fenómeno científico segundo o qual recordamos melhor aquilo que aparece no início e no fim. Lembre-se por exemplo de uma entrevista de emprego: provavelmente consegue recordar melhor o momento em que chegou e o momento final. Assim, faça uso da ciência e tire proveito deste efeito: crie um maior impacto na introdução e na conclusão.

Para a introdução, deve começar por tentar construir uma conexão com as pessoas que o estão a ouvir, para que elas se sintam motivadas e dispostas a ouvi-lo durante os próximos minutos. Para isso, a linguagem não-verbal é fundamental: estabeleça contacto ocular com o público e ofereça um sorriso sincero. A vulnerabilidade também é uma poderosa ferramenta de conexão: admita os seus erros e inseguranças, se existirem. Pode também optar por introduzir o humor para criar um ambiente mais descontraído e prender o público.

Outras dicas que pode incluir na introdução de forma a criar mais impacto são: começar com uma história; introduzir colocando uma questão intrigante aos ouvintes; começar por apresentar dados polémicos e que prendam a atenção do público; utilizar uma metáfora.

Da mesma forma, deve investir na conclusão, procurando fechar com chave de ouro. Para isso, faça sempre uma suma daquilo que quis transmitir e use alguma estratégia de conclusão: um pensamento ou citação no final; uma dinâmica interessante; uma metáfora; a conclusão da história que começou a contar no princípio; a demonstração de como o tema pode impactar na vida da audiência; um sonho ou objetivo futuro.

Faça com que a conclusão deixe a plateia a refletir durante algum tempo sobre aquilo que acabou de ouvir.

Aprender a gerir o nervosismo e a ansiedade

Como vimos, por mais que dominemos o tema, muitas vezes o verdadeiro inimigo são as nossas emoções, particularmente, a ansiedade e o medo gerados pela situação. Por isso, aprender a gerir essas emoções será fulcral para o seu sucesso na comunicação:

  • Veja o seu público como aquilo que ele é: muitas vezes olhamos as pessoas que nos estão a ouvir como temores, como se fossem juízes implacáveis. Na verdade, são apenas pessoas comuns que, se estão ali, é porque querem ouvir falar daquele tema. Lembre-se que se está na posição de orador é porque domina o assunto, mais do que provavelmente os elementos do público. Como tal, eles ouvirão o que tem a dizer com respeito, mais do que com julgamento;
  • Use o relaxamento respiratório: nos dias antes e no momento da comunicação, faça várias respirações profundas, pois isto ajudará o corpo a sentir-se mais relaxado e menos tenso;
  • Use a visualização: antes da comunicação, feche os olhos, respire fundo e visualize o decorrer da palestra. Visualize com o maior pormenor possível, as pessoas, a sala, os ruídos. Imagine e crie uma imagem mental da comunicação a decorrer de forma eficaz e com sucesso;
  • Pratique exercício físico nos momentos prévios à sua comunicação, pois o exercício é um antídoto natural para a ansiedade;
  • Mantenha-se hidratado e alimente-se de forma equilibrada;
  • Procure rostos familiares ou que lhe transmitam segurança entre a audiência;
  • Substitua os pensamentos automáticos negativos por pensamentos mais adaptativos e saudáveis: “vou-me enganar e toda a gente se vai rir de mim” – será que é provável que isso aconteça? Está a falar para pessoas adultas e conscientes, e provavelmente não será essa a sua reação. Em vez disso, pense “treinei bastante e sinto-me preparado. Imprevistos e erros podem acontecer e são naturais. Só não erra quem não tenta”;
  • Lembre-se que errar é humano, e as pessoas que o estão a ouvir sabem disso. Se errar, siga em frente. O mais importante é a forma como recupera desse erro, mais do que o erro em si.

Por fim, a melhor dica é que confie em si e abrace o medo, para que ele se torne em superação e sucesso!

Diana Pereira

Amante de histórias, gosta de as ouvir e de as contar. Tornou-se Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde, pela Universidade do Porto, mas trouxe sempre consigo a escrita no percurso. Preocupada com histórias com finais menos felizes, tirou pós-graduação em Intervenção em Crise, Emergência e Catástrofe. Tornou-se também Formadora certificada, e trabalha como Psicóloga Clínica, com o objetivo de ajudar a construir histórias felizes, promovendo a saúde mental. Alimenta-se de projetos, objetivos e metas. No fundo, sonhos com um plano.

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