Lombalgia: o que é, causas, sintomas e tratamento

lombalgia

Quando em excesso o esforço físico pode ter consequência para a saúde. Ficar muito tempo de pé ou carregar demasiado peso, por exemplo, podem causar dores na coluna, como a lombalgia.

A lombalgia consiste numa dor, aguda ou crónica, localizada na região da coluna lombar, geralmente entre o fim das costelas e a zona superior dos glúteos. Embora não aconteça sempre, pode irradiar para os membros inferiores do corpo, nomeadamente para os glúteos, joelhos, tornozelos e pernas.

A dor na região lombar pode desaparecer espontaneamente em poucos dias, todavia caso a dor persista por um período prolongado, deverá procurar aconselhamento médico para que o problema seja avaliado.

Como veremos adiante, o tratamento da lombalgia pode passar pelo uso de anti-inflamatórios, analgésicos e até mesmo de fisioterapia.

Neste artigo abordamos a lombalgia, procurando dar resposta a algumas das perguntas mais frequentes, nomeadamente as suas causas, sintomas e tratamento. Boa leitura!

Quais as causas da lombalgia?

A estrutura da coluna é um sistema complexo que envolve ossos, músculos, articulações, ligamentos, entre outros. E é justamente por ser um sistema complexo que que poderão ser várias as causas na origem da lombalgia. Além disso, existem inúmeras doenças não relacionadas a problemas reumatoides que podem resultar neste problema.

Regra geral, a principal causa da lombalgia prende-se com postura incorreta. Não obstante, na sua origem podem estar outros fatores, tais como:

  • Problemas anatómicos;
  • Esforços físicos repetitivos;
  • Pequenos traumas locais, causados por quedas, por exemplo;
  • Um estilo de vida sedentário;
  • Osteoartrose, também conhecida por artrose (desgaste das cartilagens);
  • Osteoporose (porosidade dos ossos);
  • Espondilolistese, quando uma das vértebras desliza da sua posição;
  • Espondilite anquilosante, uma doença que afeta as articulações da coluna;
  • Artrite reumatoide (inflamação das articulações);
  • Hérnia discal (compressão e deslocamento do disco intervertebral);
  • Problemas do foro emocional;
  • Excesso de peso.

O excesso de gordura abdominal, por exemplo, resultante de mau condicionamento, é também apontado como um dos causadores da lombalgia. São os músculos abdominais, bem como os das costas, que conferem sustentação à coluna.

Quais os sintomas da lombalgia?

Antes de mais importa referir que a lombalgia pode ser classificada de duas formas, dependendo da duração de seus sintomas:

TipoDuração dos sintomas
Lombalgia agudaSintomas surgiram há menos de 6 semanas
Lombalgia subagudaSintomas perdurem entre 6 a 12 semanas
Lombalgia crónicaSintomas perdurem por mais de 12 semanas

Independente do tipo de lombalgia, os principais sintomas apresentados são:

  • Dor no fim da coluna (dor lombar);
  • Aumento da contratura e da tensão muscular local;
  • Dificuldades para ficar em pé ou sentado por um período prolongado;
  • Dificuldade em estar na mesma posição ao dormir, caminhar ou ao estar sentado;
  • Dor que irradia para os membros inferiores (glúteos e pernas, por exemplo);
  • Dores ao respirar.

Importa referir que a dor da lombalgia pode variar de pessoa para pessoa. Em alguns casos pode surgir subitamente, noutros de forma muito lenta. No que concerne à sua frequência, a dor pode também ser constante ou intermitente.

Caso identifique alguns destes sintomas é importante aconselhar-se junto do seu médico ortopedista de forma a ser avaliado clinicamente e assim ser determinada a necessidade de tratamento.

Como saber se a lombalgia é grave?

É sempre importante estarmos atentos aos sinais que o nosso corpo nos dá, afinal de contas alguns poderão ser um indício de que algo não está bem.

Além dos sintomas mais comuns da lombalgia que já referimos previamente, poderão haver outros. Não obstante, estes estão geralmente associados a uma lombalgia grave, como por exemplo: a febre, a perda de peso sem motivo aparente, dormência na região lombar, pés, braços e mãos, entre outros.

A idade é também um fator que deve ser considerado. O aparecimento de uma lombalgia, na sequência de um trauma ou acidente, em pessoas com menos de 20 anos, bem como em pessoas com 55 anos ou mais, é alvo que deve ser valorizado, sendo importante consultar um médico.

Como é feito o diagnóstico da lombalgia?

O diagnóstico de lombalgia deve ser feito por um médico ortopedista ou reumatologista. Regra geral, o ponto de partida para o diagnóstico passa por um levantamento minucioso do historial clínico do paciente.

Complementarmente, e em função dessa mesma avaliação, poderá também ser solicitada a realização de exames, como por exemplo: radiografia, tomografia computorizada, ressonância magnética, entre outros.

A osteodensitometria, por exemplo, é outro exame que pode ser solicitado, sobretudo nos casos em que se desconfie que a causa da lombalgia possa estar relacionada com osteoporose.

Qual o tratamento para lombalgia?

O tratamento da lombalgia dependerá, em grande medida, dos motivos que estão na sua origem.

Não obstante, num grande número de situações são prescritos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares. Poderá também ser recomendada a realização de fisioterapia, com procedimentos de aquecimento superficial ou profundo, alongamentos, exercícios para fortalecer abdómen e as costas (como o levantamento moderado de pesos, por exemplo). O repouso, a reeducação postural e a acupuntura são também muitas vezes indicadas.

Referir também que existe a possibilidade de se avançar para procedimentos cirúrgicos, embora não se trate de algo muito comum.

Como prevenir as lombalgias?

Uma grande parte do nosso dia é passado no trabalho ou na universidade, estando portanto sentados várias horas por dia. Desta forma, parece-nos possível referir que a prevenção das lombalgias passa, em grande medida, pela nossa postura corporal.

A título de exemplo, referir que sempre que tiver de apanhar algum objeto do chão, deve fletir as pernas e não dobrar a coluna, sobretudo se se tratar de algo pesado.

Quando estiver a sentir dor lombar, deve evitar fazer exercício físico, devendo a sua única preocupação ser repousar. Só após a melhoria é que deverá estar preocupado em praticar exercício. Embora possa parecer evidente, nem toda a gente segue esta “regra”.

Escolher um colchão é também outra boa forma de prevenir as lombalgias. Afinal de contas, todos os dias passamos cerca de 7 ou 8 horas a dormir. Para além disso, existem posições de sono que não são propriamente “amigas das costas”. Idealmente deverá deitar-se de lado, em posição fetal, ou de frente, evitando deitar-se de barriga para baixo.

No dia a dia procure não carregar demasiado peso, principalmente em bolsas e mochilas. Durante o trabalho procure deixar materiais de uso frequente próximos de si. Mais, lembre-se de fazer pequenos intervalos a cada hora de trabalho.

Esperamos que o conteúdo deste artigo o tenha ajudado de alguma forma!

Worker.pt editorial team

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