Depressão Infantil

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A Organização Mundial da Saúde (OMS), encara a depressão como “o mal do século XXI”, sendo esta uma das maiores causas de incapacitação e invalidez dos nossos dias. Embora muito associada aos adultos, esta condição pode também as afetar crianças.

Vários profissionais de saúde defendem que não há uma idade mínima para realizar o diagnóstico, e como tal, os pais acabam por ter uma preocupação adicional relativamente à saúde e bem-estar dos seus filhos.

Neste artigo, iremos abordar sintomas da depressão infantil e outras questões relacionadas como a sua causa, diagnóstico e tratamento. 

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O que é a depressão infantil?

A depressão infantil nada mais é do que uma doença mental ou perturbação psiquiátrica que incide sobre os mais novos, um grupo de pessoas normalmente não associado a este problema, que é considerado por muitos como uma doença apenas para adultos.

No entanto, o que muitas pessoas não sabem é que também as crianças sofrem de alterações de humor, de sentimentos de autodesvalorização, de instabilidade emocional e de uma tristeza que vai além de um estado temporário.

Tal como acontece nos adultos, as crianças que desenvolvem um quadro clínico depressivo podem experienciar um humor irritável, instabilidade, comportamentos de oposição, dores de cabeça, entre outras coisas.

Quais os sintomas da depressão infantil?

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Um dos maiores sinais de alerta é a falta de vontade de brincar. Criança que é criança tem um grande gosto por brincadeiras dos mais variados tipos, sendo que a maioria dificilmente se cansa ou precisa de pausas para recuperar a sua energia e vontade de voltar às atividades.

Quando não se verifica esta espontaneidade natural, mas sim um quadro de apatia, normalmente um pai associa esse sintoma a doença, seja uma constipação ou uma simples indisposição, o que não deixa de ser possível.

No entanto, este é definitivamente um alerta para a depressão infantil, portanto também este cenário deve ser considerado pelos pais.

Os outros sintomas notórios que merecem também a devida atenção são:

  • Fadiga e falta de energia;
  • Baixa autoestima;
  • Sensibilidade aumentada;
  • Isolamento social;
  • Diminuição do rendimento escolar;
  • Aumento da irritabilidade;
  • Variações de humor;
  • Humor depressivo marcado por tristeza e choro recorrente;
  • Perturbações do sono;
  • Falta de concentração;
  • Alterações no apetite.

Quais as causas da depressão infantil?

Esta é a grande questão. O que deixa uma criança triste na idade da alegria? Numa altura marcada por despreocupações, liberdade e inocência, o que pode provocar a depressão?

Antes de mais, é essencial analisar o contexto em que a criança se encontra, por exemplo, se algum incidente traumático ou repentino aconteceu perto da altura em que a criança começou a desenvolver sintomas.

Situações marcantes como a perda de um familiar, principalmente de um pai ou mãe, o nascimento de um irmão, a adaptação a uma nova cidade ou escola ou o tipo de ambiente social em que a criança se encontra podem influenciar significativamente a estabilidade emocional da mesma.

Além dos fatores mencionados, é necessário ter ainda em conta a genética. Por outras palavras, se a criança tiver um histórico familiar depressivo, também esse fator poderá influenciar o desenvolvimento de um quadro de depressão.

Como é diagnosticada a depressão infantil?

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A deteção da depressão infantil é, na verdade, bastante desafiante, pois as crianças têm uma maior dificuldade em exprimir por palavras os seus sintomas e emoções. Além disso, não existem sintomas exclusivos à depressão infantil, logo, estes podem ser associados facilmente a outro tipo de problemas.

Normalmente, o médico tenta obter informações sobre o histórico depressivo familiar da criança e ainda saber quanto à ocorrência de determinadas situações marcantes ou traumáticas que ela possa ter sofrido, como as mencionadas anteriormente. Além disso, pode ser ainda necessário fazer exames complementares de diagnóstico como testes psicológicos para despiste de outras doenças.

Assim, o profissional de saúde terá de avaliar todos estes fatores e possivelmente realizar alguns testes para chegar à conclusão final.

Como se trata a depressão infantil?

Existem duas formas principais de realizar uma abordagem ao tratamento da depressão infantil. A primeira, e menos controversa, é o acompanhamento psicológico, a segunda, e alvo de algumas críticas, é o recurso a antidepressivos, estabilizadores de humor e outros fármacos.

Acontece que tanto alguns especialistas como os próprios pais rejeitam a ideia de fornecer às crianças medicação regular para tratar este problema, a não ser que o seu grau de desenvolvimento já esteja muito avançado e o nível de depressão seja realmente bastante elevado, o que pode constituir uma situação de perigo para a própria criança.

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Assim, a abordagem psicoterapêutica, bem como o acompanhamento familiar e na escola, é normalmente a escolha ideal por ser menos intrusiva e mais saudável, e cujos efeitos podem ser igualmente eficazes.

Cada acompanhamento psicológico varia no tempo, dependendo sempre da gravidade da situação e da forma como a criança responde ao tratamento, no entanto, esta monitorização profissional pode durar meses ou até mesmo anos, já que, em muitos casos, a depressão infantil pode expandir-se até aos anos de puberdade, que são por si só anos desafiantes e nos quais os adolescentes se vêm confrontados com situações e emoções indesejadas.

O mais importante a ter em conta é que não são só os adultos que têm de lidar com emoções intrusivas e desafiantes. Também os mais novos podem sofrer de doenças mentais como a depressão, e por isso, uma atenção acrescida por parte dos pais nunca é má ideia. Se, de facto, se comprovar o diagnóstico da depressão infantil, é importante fornecer à criança o devido acompanhamento, como já mencionado.

Esperamos que este artigo tenha sido esclarecedor!

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