Análises clínicas: saiba tudo sobre o assunto!

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Quando fica doente ou numa consulta de rotina, muito provavelmente, uma das primeiras coisas que o médico lhe prescreverá são análises clínicas. Através destas é possível detetar possíveis patologias e assim proceder ao seu diagnóstico e tratamento.

Neste artigo abordamos as análises clínicas, procurando responder a algumas das perguntas mais frequentes, nomeadamente o que são, para que servem e onde podem ser realizadas. Boa leitura!

O que são análises clínicas?

Entende-se por análises clínicas os vários exames que têm por finalidade verificar o estado de saúde, bem como investigar doenças em pacientes. São recolhidos materiais biológicos – por meio dos quais serão realizadas as análises clínicas -, entre estes materiais, destacamos o sangue, a saliva, a urina, as fezes, o esperma, líquido sinovial, fragmentos de tecido, entre outros.

Regra geral, a colheita ocorre em laboratórios clínicos, centros de saúde e hospitais, podendo ser feita até mesmo na casa ou no local de trabalho.

Existem, sobretudo nos laboratórios clínicos de grande dimensão, setores específicos, cada qual com sua área de especialidade, designadamente hematologia, imunologia, bioquímica, parasitologia e microbiologia.

Quais os tipos e áreas de análises clínicas?

Como referimos, os grandes laboratórios de análises clínicas são divididos em setores, sendo cada um responsável por uma das amostras biológicas recolhidas:

  • Hematologia: é a área de análises clínicas responsável por estudar o sangue e as suas frações, tendo como base, principalmente, o Hemograma, um exame comummente solicitado pelos médicos. Este tipo de exame é muito importante porque o sangue consegue sinalizar alterações patológicas em diferentes partes do organismo, visto que o sistema de vasos conecta todo o corpo.
  • Imunologia: no setor de Imunologia são realizados diversos exames correlacionados a algumas patologias causadas por distúrbios ou ativação do sistema imunitário. Essas alterações acontecem em virtude de alguma doença crónica ou aguda, deficiências do sistema imunitário, entre outras.
  • Urologia: Na área de análises clínicas, a análise `a urina pode ser considerada a primeira prática laboratorial de que se tem registo na história. Trata-se de um exame simples, de baixo custo, mas extremamente importante, uma vez que permite uma avaliação detalhada do trato urinário.
  • Bioquímica: O setor de bioquímica é responsável por investigar o funcionamento dos processos metabólicos do organismo. Através deste, é possível medir quimicamente as alterações normais e patológicas, sendo as principais referências os valores de glicose, colesterol, triglicéridos, ácido úrico, ureia, creatinina, proteínas, enzimas, eletrólitos, exames da função hepática e cardíaca, entre outros.
  • Parasitologia: O principal objetivo do exame parasitológico é identificar parasitas intestinais que são encontrados em amostras de fezes dos seres vivos. Este exame é capaz de detetar segmentos da ténia e vermes adultos que afetam o intestino humano. Pode ser também solicitado para investigar dores e incómodos no sistema digestivo.
  • Microbiologia: Nesta área das análises clínicas são realizados exames como cultura de urina, orofaringe e outras secreções do corpo humano, cujo objetivo é identificar doenças infeciosas relacionadas com a atividade bacteriana nociva no organismo, por exemplo.

Quais são as etapas destes exames?

A primeira etapa consiste em recolher as amostras biológicas, o que deverá ser feito por um profissional habilitado e, em alguns casos, pelo próprio paciente. Não obstante, apenas um profissional poderá manipular e armazenar adequadamente as amostras obtidas.

Cumprida esta fase, as amostras seguem para os setores em que deverão ser analisadas, conforme referimos anteriormente neste artigo. Por fim, são devidamente analisadas, cabendo ao profissional responsável emitir um laudo (parecer técnico) para avaliação médica.

Graças à tecnologia, as análises clínicas evoluíram bastante, podendo indicar com precisão diversas patologias. Aparelhos automáticos e profissionais cada vez mais especializados colaboram para a diminuição da incidência de erros, fazendo dos resultados obtidos através de análises clínicas totalmente fidedignos.

Que profissionais trabalham com análises clínicas?

Biólogos, bioquímicos, biomédicos, farmacêuticos, médicos e veterinários estão entre os profissionais que se dedicam às análises clínicas. No setor da colheita e rotina dos laboratórios de análises clínicas e hospitais, a equipa costuma ser formada por enfermeiros ou técnicos de análises clínicas.

Cada um destes profissionais é de extrema importância para o processo, desde os que atuam na fase pré-analítica até aos que entregam os resultados de uma maneira eficiente. É imprescindível frisar que a maioria das decisões médicas, assim como os internamentos e as altas médicas, baseiam-se na eficiência dos testes laboratoriais, daí a relevância das análises clínicas para a saúde e bem estar do paciente.

Importante: um profissional da área de análises clínicas deve seguir um rígido protocolo de ações, entre estas está a ética profissional. Esta é indispensável em todas as etapas do processo, desde a colheita do material biológico até o momento em que os resultados são apresentados ao paciente.

Qual é a importância das análises clínicas?

Como referido anteriormente, graças aos estudos realizados pelas análises clínicas é possível detetar patologias e proceder à prescrição do tratamento adequado.

Portanto, os exames laboratoriais são fundamentais para avaliar parâmetros e analisar de maneira criteriosa a condição de saúde de um paciente. Regra geral, parece consensual que as análises clinicas de rotina deverão ser feitas pelo menos uma vez por ano, a fim de investigar, diagnosticar e até mesmo descartar doenças ou quaisquer alterações no organismo. Portanto, não descuide a sua saúde!

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Luana Castro Alves

Licenciada em Letras e Pedagogia, redatora e revisora, entusiasta do universo da literatura, sempre à procura das palavras. "Não se pode escrever nada com indiferença." (Simone de Beauvoir)