A osteopatia faz parte de um vasto leque de terapias não convencionais que tem conquistado vários adeptos nos últimos anos. A sua eficácia já comprovada é um fator atrativo para aqueles que pretendem experimentar tratamentos novos e diferentes dos tradicionais.
Neste artigo, iremos explicar no que consiste a osteopatia e iremos abordar questões frequentes relacionadas com a mesma.
O que é a osteopatia?
A osteopatia é uma terapia não convencional que recorre a técnicas exclusivamente manuais para tratar determinados problemas no corpo humano, eliminando a dor e promovendo o equilíbrio do organismo.
A osteopatia foi criada em 1870, nos Estados Unidos, por um médico chamado Andrew Taylow Still, que recorreu aos seus conhecimentos em anatomia para desenvolver um método de diagnóstico e tratamento baseado na palpação e manipulação do corpo humano.
Segundo Andrew Still, o corpo humano tem a capacidade de se autorregenerar, sendo que o objetivo da osteopatia passa por remover fatores que possam impedir o corpo humano de funcionar de forma saudável. A eficácia e segurança desta terapia é tal que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda e incentiva o uso da mesma.
Regra geral, qualquer pessoa pode usufruir dos benefícios da osteopatia, desde recém-nascidos, a idosos, grávidas e atletas de alta competição. No entanto, a seguir iremos abordar algumas contraindicações que devem ser respeitadas por diversas pessoas com diferentes problemas.
Quais os benefícios da osteopatia?
A osteopatia consegue oferecer benefícios face a inúmeros problemas, até porque pode ser aplicada em qualquer parte do corpo humano. As doenças mais frequentes que podem ser tratadas pela osteopatia são:
- Dores ciáticas;
- Lombalgias;
- Dorsalgias,
- Cervicalgias;
- Escolioses,
- Hérnias discais;
- Torcicolos.
Além dos problemas mencionados, a osteopatia pode ainda ajudar em caso de entorses, tendinites, epicondilites, dores nos ombros, problemas de articulações e contraturas musculares, sendo uma terapia frequentemente procurada por atletas e pessoas que sofrem de dores crónicas.
Além dos problemas musculares, a osteopatia consegue ainda ser útil no que toca ao tratamento de enxaquecas, problemas digestivos, depressão, stress e problemas respiratórios. Portanto, como pode ver, os benefícios são inúmeros.
Qual o diagnóstico e técnicas da osteopatia?
Na osteopatia, o diagnóstico é feito por passos. Em primeiro lugar, o osteopata (profissional de osteopatia) deve recolher dados sobre o estado clínico do paciente, para poder depois passar aos seguintes passos, nomeadamente através da:
- Palpação: detetar alterações nos músculos e tecidos;
- Observação: detetar assimetrias da postura (comum em caso de escoliose);
- Testar: a mobilidade e sensibilidade do paciente;
- Avaliar: a função das articulações, o sistema linfático e o tecido conjuntivo.
A osteopatia recorre a várias técnicas de manipulação para estimular a cura para diversos problemas. Na tabela infra indicamos o objetivo de cada técnica:
Técnicas | Objetivo |
---|---|
Estruturais | Pretendem reajustar a articulação |
Musculares | Têm como objetivo o tratamento dos músculos e tendões |
Cranianas | Pretendem tratar a totalidade do corpo, começando a partir do crânio |
Viscerais | Visam os órgãos e as relações entre os mesmos |
Linfáticas e imunitárias | Focam-se em fortalecer o sistema linfático e o imunitário |
Fasciais | Visam os tecidos fasciais do corpo humano |
Cada uma das técnicas da osteopatia é recomendada consoante o estado clínico do paciente. Por exemplo, a técnica de manipulação do crânio é geralmente utilizada em bebés, e consiste em toques muito leves na cabeça da criança, como forma de aliviar a tensão.
Por outro lado, na técnica da energia muscular, o paciente aplica a sua própria força num determinado local do corpo, contrariando a força aplicada pelo terapeuta nesse mesmo local. O objetivo é reaviar a amplitude do movimento.
Quais as contraindicações da osteopatia?
A osteopatia é normalmente uma terapia segura, mas que pode apresentar certos riscos para determinados grupos de pessoas. Desta forma, se sofrer de alguma das doenças/problemas em seguida mencionados, consulte o seu médico de família antes de iniciar o tratamento de osteopatia.
- Problemas de coagulação;
- Hemorragias prolongadas;
- Problemas que coloquem em risco a qualidade dos ossos, tendões ou ligamentos;
- Feridas abertas;
- Problemas dermatológicos;
- Cirurgia recente;
- Aneurisma cerebral;
- Dor abdominal;
- Doenças metastáticas;
- Insuficiência vascular;
- Etc.
Além das doenças aqui mencionadas, existem ainda outras que podem comprometer o seu estado de saúde se optar por recorrer à osteopatia. Como tal, recomendamos a aconselhar-se junto de um médico e especialista para partilhar o seu estado clínico e ser submetido a uma avaliação geral, como forma de verificar se a osteopatia seria uma boa terapia para si.
A osteopatia é uma terapia segura?
Sim, mas podem surgir alguns efeitos negativos. Os mais comuns incluem dor local ou desconforto, fadiga, tonturas, náuseas, rigidez e desmaios. As reações adversas menos comuns incluem menstruação precoce, tremores e palpitações. Além de raros, os efeitos secundários associados à osteopatia não são considerados graves, principalmente se o tratamento for realizado por um especialista.
No entanto, é importante notar que após o tratamento de osteopatia, é normal que sinta um agravamento dos sintomas nos dias seguintes, mas não se preocupe, pois tal significa simplesmente que o tratamento está a ter efeito.
Para concluir, voltamos a recomendar, tal como fazemos para qualquer outro tratamento alternativo, aconselhar-se junto do seu médico de família, submetendo-se ainda a uma avaliação física como forma de perceber se a osteopatia é, de facto, uma opção segura e viável para si.
Esperamos tê-lo ajudado a compreender um pouco melhor a osteopatia!