Saúde mental: o que é, importância e como a promover

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Quando falamos em saúde associamo-la maioritariamente à saúde física, como um estado de ausência de problemas físicos ou doenças. No entanto, a saúde é um conceito muito mais abrangente onde se inclui também o bem-estar mental e psicológico.

A saúde mental ainda é, de certo modo, desvalorizada e pouco compreendida. Compreender a saúde mental é fundamental para garantir uma melhor qualidade de vida e bem-estar. Assim, neste artigo pretendemos explorar a saúde mental, os problemas associados e estratégias para a promover.

O que é a saúde mental?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a saúde mental como o estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza as suas capacidades, pode fazer face ao stress quotidiano, trabalhar de forma produtiva e contribuir para a comunidade em que se insere. Podemos definir a saúde mental como o nível de qualidade de vida cognitiva, psicológica e emocional.

Não existe uma definição única e objetiva para definir a saúde mental, uma vez que aquilo que entendemos por saúde mental está dependente da própria cultura e questões sociais específicas. Dentro da saúde mental podemos incluir a capacidade de a pessoa apreciar a vida e encontrar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica. Assim, ter saúde mental é muito mais do que não ter um transtorno ou doença mental.

A saúde mental requer um equilíbrio entre os nossos recursos internos e as exigências externas. Quando usufruímos de saúde mental somos capazes de gerir a nossa própria vida, ser autónomos, gerir as nossas emoções e adaptarmo-nos às dificuldades e exigências que a vida nos coloca. Somos capazes de ter noção do tempo e do espaço, das nossas capacidades e limitações, bem como de possuir recursos e ferramentas para alcançar objetivos.

Deste modo, uma boa saúde mental é imprescindível para conseguirmos usufruir de uma adequada qualidade de vida. Alguns aspetos podem ser identificados como fundamentais para um estado pleno de saúde mental:

  • Atitudes positivas em relação a si mesmo;
  • Crescimento, desenvolvimento e autorrealização;
  • Integração e resposta emocional;
  • Autonomia e autodeterminação;
  • Perceção realista e apurada da realidade;
  • Domínio do ambiente e competências sociais.

Porque é a saúde mental tão importante?

A saúde mental tem tanta importância quanto a saúde física, sendo que do equilíbrio mental e psicológico depende o nosso organismo para sobreviver. Na ausência de equilíbrio emocional e psicológico, não conseguimos fazer coisas tão simples como estabelecer relações saudáveis, desfrutar do lazer, ter uma atividade laboral, definir objetivos. Ou seja, sem saúde mental não conseguimos viver de forma plena e com qualidade de vida.

Saúde física e saúde mental não são duas realidades separadas, mas antes diretamente interligadas. Saúde mental e saúde física estão interligadas e são interdependentes, o que torna evidente e claro que a saúde mental é indispensável para que as pessoas possam usufruir de um estado de bem-estar global. Se não tivermos uma boa saúde mental, a nossa saúde física também se irá ressentir. O contrário também é verdade, os problemas de saúde física afetam diretamente a saúde mental.

Imaginemos por exemplo alguém com depressão, um problema de saúde mental. O seu estado depressivo irá levar a alterações no estilo de vida, tais como um padrão de sono disfuncional, uma alimentação desadequada, entre outros. Sono e alimentação desregulados, por sua vez, podem provocar problemas de saúde física. Além disso, os estudos científicos têm demonstrado que certos problemas de saúde mental, como a depressão, provocam alterações no sistema imunitário e tornam a pessoa mais vulnerável a infeções e outras doenças.

Principais problemas de saúde mental

Os problemas de saúde mental estão cada vez mais presentes e, além disso, são cada vez mais incapacitantes. Nunca antes tivemos uma prevalência tão elevada de problemas de saúde mental como a ansiedade ou a depressão.

Se analisarmos o caso de Portugal, também os números são preocupantes e nos demonstram que é fundamental que no nosso país seja dada maior atenção à saúde mental. Portugal é o segundo país da Europa com a prevalência mais elevada a nível de doenças psiquiátricas. Além disso, mais de um quinto dos portugueses sofre de algum tipo de perturbação psiquiátrica.

Os principais problemas ao nível da saúde mental, ou os mais frequentes, são a ansiedade, a depressão, o stress continuado, a dependência de substâncias, as demências, as perturbações psicóticas (como a esquizofrenia), entre outros, como as perturbações do comportamento alimentar. A estimativa é de que em cada cem pessoas trinta sofram, ou venham a sofrer, em algum momento das suas vidas, problemas ao nível da saúde mental, e que dessas, 12 tenham uma doença mental grave.

Qualquer pessoa pode sofrer de problemas de saúde mental, independentemente da classe social, género, local onde vive, etc. Alguns acontecimentos adversos podem tornar a pessoa mais propensa a desenvolver um problema de saúde mental. Algumas fases e transições de vida também podem ser particularmente críticas ao nível da saúde mental, tais como a adolescência, a menopausa, o envelhecimento, as mudanças a nível de escola ou emprego, os lutos e perdas, a reforma, entre outros. Fatores físicos e genéticos também podem ter um impacto importante no surgimento de perturbações mentais.

O estigma face à saúde mental

Infelizmente a saúde mental ainda é, muitas vezes, pouco compreendida. Uma vez que as doenças mentais não se veem, as pessoas que sofrem deste tipo de patologias são muitas vezes discriminadas e o seu problema pouco reconhecido. Acaba por existir incompreensão, estigmatização e marginalização no que diz respeito aos problemas de saúde mental, muito devido ao desconhecimento e à falta de informação.

Como tal, é muito importante que sejam criados mecanismos para promover o conhecimento adequado e ajustado sobre a saúde mental e sobre as doenças mentais, bem como formas de proteção das pessoas que sofrem com este tipo de patologia. A atenção à saúde mental beneficia não só os doentes, mas também todos os cidadãos, pois poderá prevenir o desenvolvimento de problemas mais graves e fazer com que consigamos usufruir de uma melhor saúde mental.

Assim, importa desconstruir alguns mitos e compreender alguns pontos fundamentais:

  • Os problemas de saúde mental não são uma escolha nem um reflexo de que é pessoa é frágil, fraca ou menos capaz;
  • Qualquer pessoa pode ter um problema de saúde mental;
  • A resolução dos problemas de saúde mental não depende só de força de vontade por parte da pessoa;
  • As doenças mentais têm frequentemente uma base genética e a influência de fatores biológicos que estão fora do controlo da própria pessoa;
  • A intervenção psicológica e psiquiátrica atempada pode evitar a incapacidade e muitos dos custos associados à incapacidade devido a problemas de saúde mental;
  • As pessoas com algum tipo de patologia a nível de saúde mental não são pessoas “anormais” e podem ter uma vida perfeitamente funcional e igual a qualquer outra pessoa;
  • Problemas de saúde mental não são só doenças ou patologias, todos nós acabamos por ter problemas a este nível por exemplo quando não conseguimos gerir o nosso trabalho e nos sentimos sobrecarregados, quando não temos apoio, quando nos sentimos frustrados, quando temos de lidar com o stress de forma persistente, quando temos problemas de sono ou nos nossos relacionamentos…

Estratégias para promover a saúde mental

Como vimos, é fundamental preservarmos uma adequada saúde mental, porque dela depende o nosso bem-estar, qualidade de vida e funcionalidade. Algumas estratégias podem ajudar-nos a conseguir prevenir problemas de saúde mental e usufruirmos de um maior equilíbrio psicológico:

1. Conhecermos e estarmos atentos às nossas emoções

Parece algo fácil e quase intuitivo, mas a verdade é que o nosso mundo emocional é tão vasto e complexo, que não detemos sobre ele todo o conhecimento. Mas podemos fazer um esforço para aprofundar essa aprendizagem.

Hoje em dia ouvimos falar em “inteligência emocional”, cada vez mais valorizada até mesmo em contexto profissional, e é disso mesmo que se trata: saber reconhecer e gerir emoções. Como podemos fazer isto? De uma forma simples, carregarmos no botão de “pausa” no nosso quotidiano pleno em azáfama, e pararmos para refletir sobre as nossas emoções. Como me estou a sentir? Porque é que me sinto assim? Que sinais é que o meu corpo me dá sobre a maneira como me estou a sentir? De que forma lidei com esta situação e porquê? Quando é que já me senti assim antes? Qual a situação que o desencadeou? Podemos até manter uma espécie de diário emocional, que nos ajude a perceber com maior profundidade o nosso mundo emocional.

2. Educar para as emoções e para os afetos

Atualmente educamos cada vez mais crianças para um analfabetismo emocional. Queremos que aprendam português e matemática, exigimos resultados cada vez mais elevados e colocamos as crianças à mercê de uma pressão desmensurada. Mas não as educamos para o mais importante. Para os afetos, para as emoções, para as relações, enfim, para a vida.

Urge educar a geração do amanhã para o que realmente importa. Falar com as crianças sobre emoções, sobre o que é estar triste ou zangado, sobre qual a melhor forma de gerir e expressar essas emoções. Ensinar-lhes a lidar com perdas sem tentarmos substituí-las ou mascará-las com brinquedos ou distrações. Ensinar a gerir obstáculos e frustrações. Partilhar. Mostrar-lhes a nossa própria tristeza, conversar sobre ela, para que sintam que as emoções devem ser compartilhadas. Para que aprendam pelo exemplo. Dar afeto de forma incondicional, transmitindo que o melhor da vida não se compra numa prateleira do supermercado.

3. Nutrirmos a nossa mente, corpo e espírito

O que é que isto significa? Ler imensos livros e tornar-me muito culto? Ir ao ginásio todos os dias? Não necessariamente. Significa autocuidado; darmos a nós mesmos exatamente aquilo de que necessitamos para nos sentirmos bem. E, para isso, o passo n.º 1 é absolutamente necessário: não posso dar a mim mesma aquilo que me faz bem, se não me conheço ao ponto de saber o que isso significa. Se ficar fechado/a num ginásio todos os dias me faz sentir mal, por muito que isso possa produzir efeitos no meu corpo, não vai contribuir para o meu bem-estar, podendo até produzir um efeito contraproducente.

É importante encontrarmos e definirmos pequenas coisas que nos dão prazer e aumentam a nossa sensação de bem-estar. Para isso podemos fazer uma série de questões a nós próprios: em que situações me sinto bem? Quais são as atividades que faço com prazer e nem sinto o tempo a passar? Quando estou aborrecido ou maldisposto, quais são as coisas que me veem à cabeça que gostaria de estar a fazer? Qual foi a última vez que me senti realmente bem e satisfeito? O que estava a fazer nesse momento? As respostas podem residir em coisas tão simples como dar um passeio na praia, brincar com um animal de estimação, dormir uma sesta, escrever, ouvir música, tomar um banho relaxante, jogar um jogo de equipa, tomar um café com um amigo, comer um quadrado de chocolate… Depois de descobrirmos aquilo que incrementa o nosso bem-estar, importa incluir essas pequenas atividades na nossa vida diária, tornando-as parte da nossa agenda e compromissos. Afinal, que compromisso é mais importante do que o meu bem-estar e a minha saúde mental?

4. Gerir o tempo

Um dos piores problemas, hoje em dia, para a nossa saúde mental, é a ditadura do tempo sob a qual vivemos. As exigências que nos colocamos, dia após dia, tentando encher num só dia mais do que 24 horas de afazeres. Queremos ser produtivos, bem-sucedidos, e pagamos um preço demasiado alto, aniquilando totalmente o nosso bem-estar e a nossa saúde. É fundamental que tentemos gerir, da melhor forma, o nosso tempo, incluindo no nosso dia-a-dia não só o trabalho, as tarefas profissionais, os afazeres diários, mas também o tempo para nós próprios, o tempo para as pessoas que amamos, o tempo para o nosso descanso e para o nosso lazer. Sem isso, estaremos a ser falsamente produtivos, uma vez que essa produtividade não funcionará a médio e longo-prazo, considerando que, sem saúde, não podemos dar resposta a nada nem sermos bem-sucedidos.

5. Prioridades não apenas definidas externamente

Temos uma enorme tendência a estabelecer objetivos e prioridades que são fruto de uma pressão social externa. As redes sociais transmitem-nos vidas perfeitas, corpos perfeitos, relações invejáveis. E achamos que queremos isso para nós também. Sem muitas vezes nos apercebermos de que estamos a olhar para uma utopia, de que as pessoas apenas mostram a parte boa da sua vida. Almejamos uma promoção na carreira, uma subida na hierarquia empresarial sob a qual nos escravizamos, muitas vezes porque simplesmente queremos ter o que as pessoas hierarquicamente acima de nós têm.

No entanto, não nos apercebemos por vezes de que essa ascensão não produzirá efeitos nenhuns na nossa realização e satisfação pessoal. Então, o exercício que verdadeiramente importa fazer é considerarmos quais são as nossas prioridades, as nossas metas e objetivos a curto e médio prazo, e mantermo-nos fiéis a pequenos passos que contribuem para a sua concretização, não querendo “dar um passo maior do que a perna” ou querer algo só porque alguém também tem ou porque outra pessoa o definiu para nós. Somos autores da nossa vida, e devemos desviar-nos do risco de nos tornarmos meros espectadores.

6. Respeitar o nosso corpo

É importante, para uma boa saúde mental, sermos capazes de ouvir e respeitar o nosso corpo. E isto significa conhecer os nossos limites, descansar e dormir o suficiente. O descanso é fundamental para uma boa saúde mental, e para isso basta fazermos uma rápida pesquisa que nos indica os riscos da falta de sono ou de um padrão de sono pouco saudável. Da mesma forma, devemos nutrir o nosso corpo através de uma alimentação equilibrada. E uma alimentação equilibrada não é sinónimo de comer salada e sopa todos os dias, mas sim de proporcionar ao meu corpo os nutrientes de que necessita, de o satisfazer também quando me apetece algo doce. De não me privar de compartilhar momentos de convívio à volta de uma mesa. Respeitar o nosso corpo significa também permitir que ele seja ativo, dentro dos meus limites e objetivos. Uma vez mais, é importante rever o objetivo acima e perceber que não tenho de ter um corpo tonificado e de ir ao ginásio todos os dias, se para mim isso não é uma prioridade. Dar passeios ou caminhadas, brincar com os filhos, nadar no rio ou outra qualquer atividade são formas de exercitar o corpo também, que se podem enquadrar melhor no nosso quotidiano.

7. Praticar a gratidão

Praticar a gratidão não significa que tenhamos de ser excessiva e permanentemente otimistas ou positivos, muito menos que tenhamos de reprimir emoções negativas, ao invés de vivê-las. Significa apenas que é importante também praticar a gratidão. Isto é, relembrarmo-nos a nós próprios todos os dias os motivos pelos quais somos gratos. A gratidão surge quase sempre associada à melhoria do bem-estar e da saúde mental, por isso vale a pena considerá-la. Podemos manter um registo das coisas pelas quais somos gratos todos os dias, ou simplesmente pensarmos sobre elas antes de dormir, por exemplo.

8. Permitirmo-nos a não estar bem

Em linha de conta com o que referimos acima, reprimir ou negar emoções negativas, procurando mascará-las com overdoses de positivismo, não contribui para a nossa saúde mental. Uma das aprendizagens mais importantes e que falha na educação das crianças hoje em dia, é a de saber lidar com as emoções negativas.

Aceitar que a vivência da dor é um processo absolutamente necessário para ser capaz de se reestabelecer. E não uso a palavra “curar”, “recuperar” ou “ultrapassar” propositadamente. Não é suposto passarmos pelas situações difíceis como se não tivessem acontecido, e passarmos a ser as pessoas que fomos antes. O que é suposto e saudável, é que consigamos dar continuidade à nossa vida, integrando aquilo que aconteceu na nossa história, e aprendendo a viver a partir daí. Permitir-se a não estar bem, a estar triste, a estar zangado/a, a sentir mágoa ou dor, é fundamental para uma saúde mental equilibrada. Ser capaz de lidar com a derrota, o fracasso, a desilusão, é uma aprendizagem fundamental e imprescindível para encontrar o equilíbrio e para lidar com as experiências de vida dotado de novas ferramentas e estratégias.

9. Não tentar ser perfeito

Um pouco em síntese de tudo o que foi anteriormente dito: ser perfeito é algo altamente subjetivo e, sobretudo, utópico. Procurar alcançar a perfeição é altamente inglório, para além de inútil.

10. Ser capaz de pedir ajuda

Por fim, mas não menos importante, nenhuma dica ou estratégia serve como receita universal e absoluta para todo e qualquer problema ou para todas as pessoas. Cada um de nós é diferente, assim como os obstáculos e desafios que a vida nos coloca também são altamente variáveis.

Assim como se temos um problema de saúde física, por mais que aceitemos dicas e opiniões para cuidarmos do nosso corpo, precisamos de ir ao médico e obter ajuda profissional, o mesmo se passa com a saúde mental. É absolutamente legítimo recorrer a um profissional de saúde mental se assim o achamos necessário, e devemos fazê-lo sem hesitações, considerando-o como um ato prioritário, uma vez que se trata da nossa saúde.

Tal como um osso partido deve ser atendido o mais rapidamente possível, tal como um cancro detetado precocemente tem mais possibilidades de cura, também a intervenção psicológica ou psiquiátrica atempadas produzem melhores resultados. Não esperemos que as cicatrizes, os obstáculos e o mal-estar se acumulem a um ponto insustentável para procurarmos ajuda.

Como saber quando procurar esta ajuda? Nestas situações deve ponderar fazê-lo:

  • Se aquilo que sente e os sintomas ou problemas emocionais se tornam demasiado frequentes e não estiver a ser capaz de geri-los;
  • Se os sentimentos e emoções negativas forem demasiado intensos e não passarem com o tempo;
  • Se a forma como se sente afeta a sua vida diária nas suas várias dimensões, como por exemplo vida pessoal e o trabalho;
  • Se pretende desenvolver determinadas competências, recursos ou capacidades emocionais e psicológicas que sente que não consegue fazer sozinho ou que poderá beneficiar de ajuda nesse sentido.

Sejamos felizes e saudáveis, física e mentalmente!

Diana Pereira

Amante de histórias, gosta de as ouvir e de as contar. Tornou-se Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde, pela Universidade do Porto, mas trouxe sempre consigo a escrita no percurso. Preocupada com histórias com finais menos felizes, tirou pós-graduação em Intervenção em Crise, Emergência e Catástrofe. Tornou-se também Formadora certificada, e trabalha como Psicóloga Clínica, com o objetivo de ajudar a construir histórias felizes, promovendo a saúde mental. Alimenta-se de projetos, objetivos e metas. No fundo, sonhos com um plano.